Depois de ter sido acusado de manter reuniões secretas com executivos da Uber e de ter facilitado a instalação da empresa na França quando era ministro da Economia, de 2014 a 2016, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse se sentir orgulhoso por ter apoiado a plataforma de corridas e que repetiria o mesmo comportamento.
A denúncia de lobby e suposto tráfico de influência foi feita pelo jornal britânico The Guardian, na edição de domingo 10, com base em investigação feita em mais de 80 mil documentos internos da Uber vazados à imprensa. A reportagem também diz que Joe Biden, quando era vice-presidente de Barack Obama (2009 a 2017), também fez lobby em favor da plataforma de corridas.
À imprensa francesa, Macron negou qualquer irregularidade em sua conduta e disse que “faria isso novamente amanhã e depois de amanhã”. Segundo ele, as reuniões e o apoio à empresa faziam parte de seu trabalho como ministro do governo de François Hollande e que essas reuniões sempre tiveram caráter oficial. “Estou orgulhoso disso. É muito difícil criar empregos sem empresas e empregadores.”
Políticos franceses, da esquerda e da direita, pediram a abertura de inquérito para investigar a conduta de Macron.