O primeiro-ministro da Suécia, Stefan Löfven, renunciou ao cargo nesta segunda-feira, 28, uma semana após ter sido derrotado em moção de censura. Foi a primeira vez na história do país nórdico que isso ocorreu.
De acordo com a Constituição sueca, o premiê tinha uma semana para convocar novas eleições ou renunciar ao cargo e pedir que o presidente do Parlamento forme um novo governo. O líder social-democrata, que tinha até esta segunda-feira para anunciar a decisão, descartou convocar eleições antecipadas.
“A um ano das eleições previstas, levando-se em consideração a situação excepcional em que o país se encontra, com a pandemia e os desafios que isso representaria, eleição antecipada não é o melhor para a Suécia”, declarou Löfven, em entrevista coletiva.
Moção de desconfiança
Alguns países parlamentaristas adotam a moção de desconfiança quando a maioria do Parlamento entende que o governo em vigor não tem mais o apoio do Congresso.
Recentemente, o premiê optou pela suspensão do congelamento do preço dos aluguéis em imóveis novos. Contudo, a Suécia impõe leis intervencionistas sobre o preço de aluguéis, sob a justificativa de mantê-lo acessível à população local.
Ao suspender o congelamento, Löfven irritou os partidos à esquerda. Os intervencionistas temem que a desregulamentação leve a uma rápida alta nos aluguéis e “aumente o abismo entre os mais ricos e os mais pobres no país”.
Löfven foi o primeiro premiê da história da Suécia a sofrer a moção porque perdeu o apoio de partidos de esquerda que sustentavam sua coalizão.
Leia também: “De olho no 5G, China ameaça asfixiar a economia da Suécia”
Mais um pais, em que a Esquerda vai afundar…