Na terça-feira 11, foi divulgado pelo Gabinete do Inspetor-Geral da Nasa um relatório informando que a agência espacial norte-americana pode precisar de mais astronautas para cumprir metas de voos espaciais tripulados nos próximos anos.
Em setembro, a Nasa tinha 44 astronautas treinados no Johnson Space Center, da Nasa. Este número é um dos menores já registrados em 20 anos — a agência chegou a quase 150 astronautas nos anos 2000, durante a era do ônibus espacial.
Novos desafios
Atualmente, a Nasa só leva astronautas para a Estação Espacial Internacional a bordo das cápsulas Crew Dragon, da SpaceX, e dos veículos Soyuz, da Rússia. As informações são do site Space.com.
Mas isso deve mudar com o programa Artemis, que pretende levar humanos à Lua. A primeira missão, prevista para 2024, deve ser o primeiro estágio no desenvolvimento de um programa de exploração lunar de longo prazo para apoio de futura exploração humana em Marte.
“No geral, o corpo de astronautas é bem administrado pelo Escritório de Astronautas. No entanto, a Nasa agora enfrenta novas demandas e desafios ao alinhar seu corpo atual e recrutar novos astronautas para atender aos exigentes requisitos desta nova era de múltiplas missões na órbita baixa da Terra e no espaço profundo”, informa o relatório.
A fórmula da Nasa
Formada por dez integrantes, a nova turma da Nasa foi anunciada em dezembro e acaba de iniciar o programa geral de treinamento de dois anos da agência. A turma anterior, que se formou em janeiro de 2020, adicionou 11 astronautas ao corpo.
Depois de se tornar astronauta, o treinamento para uma missão na estação espacial requer mais 18 a 24 meses. Os dois primeiros astronautas formados na última turma estão atualmente no espaço — Raja Chari e Kayla Barron.
O longo tempo de treinamento significa que os profissionais mais novos provavelmente não começarão a voar até o final de 2025. Assim, a agência já precisa pensar nas contratações futuras para suas tripulações da próxima década.
Como se tornar um astronauta
A Nasa informa em seu site que os requisitos para a escolha de astronautas mudam de acordo com as missões e objetivos da agência. Hoje, para concorrer a uma vaga os candidatos devem atender aos seguintes critérios:
- Ser um cidadão dos EUA;
- Possuir mestrado em um campo de ciência, tecnologia, engenharia e matemática;
- Ter pelo menos dois anos de experiência profissional obtida após a conclusão do curso ou pelo menos 1.000 horas de voo em aeronaves a jato;
- Ser capaz de passar no teste de físico de voo de longa duração da Nasa.
Há alguns anos, me propus a elaborar uma escala sobre benefício/custo de aproveitar “oportunidades” baseado em “para quem” essas “oportunidades” são oferecidas. Não sei se já existe uma escala semelhante e a que fiz ainda pode ser aperfeiçoada. Resultou em algo mais ou menos assim:
1 – Parentes (hereditariedade);
2 – Amantes (luxúria);
3 – Amigos (apoio);
4 – Parentes de amantes (família ampliada);
5 – Parentes de amigos (máfia);
6 – Indicados por amantes (ônus da luxúria);
7 – Indicados por amigos (networking);
8 – Concurso fechado dentro de um grupo restrito (corporativismo);
9 – Voluntários dentro de um grupo restrito (potencial de diferenciação);
10 – Escalação dentro de um grupo restrito (ônus de pertencer ao grupo);
11 – Concurso aberto (democrático);
12 – Voluntários sem restrições a grupos (bagaço de laranja);
13 – Recrutamento compulsório (alto risco ou desconforto);
14 – Sorteio (risco ou desconforto extremo);
15 – À laço (morte certa ou sequelas irreversíveis).
A grande maioria das pessoas vive entre o 7 e o 13. A NASA parece ter chegado ao nível 12.
Se for pra mandar pro espaço sem bilhete de volta, a lista é grande. Ministros do STF, Dória, Lula e toda a corja esquerdista seria um bom começo.