A onda de violência que tomou conta da África do Sul desde o fim da semana passada já deixou 72 mortos e mais de mil presos, de acordo com a Radio France Internationale. As manifestações contra a detenção do ex-presidente Jacob Zuma tiveram início na sexta-feira 9, principalmente em KwaZulu-Natal, a província de origem do político. Os atos acabaram se espalhando pelo país.
Até terça-feira 13, além das 72 mortes registradas, as autoridades informavam que 1.234 pessoas haviam sido presas desde o início dos protestos. Há relatos de saques ao comércio, depredação de veículos e roubos. Os confrontos entre a polícia e os manifestantes têm se tornado mais violentos a cada dia.
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Em meio à tensão política, a África do Sul vive um momento delicado com a pandemia de covid-19. O país enfrenta dificuldades para levar adiante a campanha de vacinação, com hospitais e postos de saúde sofrendo com a falta de imunizantes e medicamentos. O transporte público também não vem funcionando regularmente, levando caos às principais cidades sul-africanas.
Zuma
Na sexta-feira 9, Jacob Zuma ele se entregou à polícia e começou a cumprir sua pena de 15 meses de detenção. Ele foi afastado do poder acusado de corrupção em larga escala dentro do Partido Nacional do Congresso Africano.
O ex-presidente tinha status de herói nacional por ter lutado contra a política de apartheid ao lado de Nelson Mandela. Mas, segundo o The New York Times, já era acusado de corrupção antes mesmo de ser eleito. Segundo o atual presidente, Cyril Ramaphosa, no mandato de Zuma “dezenas de bilhões de dólares” foram desviados dos cofres públicos. Além disso, seu governo deixou a economia estagnada e altos índices de desemprego. Atualmente, o índice de desocupação no país é de 32%.
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É outro “Lula” causando corrupção, violência e atraso na sofrida África do Sul. Bandidos desgraçados.