Sanções dos Estados Unidos aumentaram as preocupações de segurança em torno da empresa chinesa de telecomunicações
Existe a expectativa de que em julho o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, elabore planos para começar a eliminar a Huawei das redes de telefonia 5G.
A informação é do jornal Financial Times e foi divulgada neste domingo, 5.
A mudança de postura ocorre depois de avisos de que as sanções do governo Trump minaram a capacidade da fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações de abastecer o mercado britânico.
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As sanções visavam impedir o acesso da empresa a semicondutores feitos com equipamentos norte-americanos, aumentando o medo em Londres de que a Huawei fosse forçada a usar tecnologia alternativa com novos riscos de segurança.
Johnson disse na semana passada que a Grã-Bretanha estava preocupada com a segurança de “fornecedores hostis do estado”.
Como destaca o Financial Times, Johnson tomaria uma decisão sobre o futuro papel da Huawei neste mês. O governo do Reino Unido se recusou a comentar.
A remoção da Huawei, que o governo havia concordado anteriormente deveria ter uma participação de até 35% no mercado de 5G, desaceleraria a implantação das novas redes de telefonia móvel.
A imposição da China de uma nova lei de segurança em Hong Kong aumentou a tensão entre Londres e Pequim, com parlamentares exigindo que Johnson assuma uma posição firme em suas negociações com a empresa chinesa de equipamentos de telecomunicações.
No mês passado, a Huawei recebeu autorização para construir uma nova unidade de pesquisa e fabricação de chips de US$ 1 bilhão em Cambridgeshire.