A Rússia deu início à utilização de “tanques camicases” no conflito com a Ucrânia. A tática se baseia em rechear antigos blindados com munições obsoletas, que não servem para armas atuais, e os atirar sem pilotos para explodir perto das forças inimigas.
É a primeira vez que Moscou emprega esse tipo de tática durante um conflito militar, e seu uso levanta dúvidas sobre a real capacidade militar do Kremlin.
No Telegram, o Ministério da Defesa da Rússia informou que os antigos tanques, dos modelos T-54 e T55, foram utilizados contra posições ucranianas no sul de Donetsk, perto de Mariinka. O local é dominado por tropas de Vladimir Putin.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a proporção que a explosão pode ter — e os estragos que pode causar.
É possível ver um tanque controlado remotamente indo em direção às linhas ucranianas. Depois de ser atingido por uma mina terrestre, o blindado para. Logo depois, militares russos acionam a explosão remota que causa a grande explosão.
Será a nova estratégia do Exército russo?
Não há detalhes se esse tipo de tática será utilizada em massa ou se faz parte de uma estratégia russa para ludibriar os ucranianos.
Em resumo, os “tanques camicases” são financeiramente viáveis para as tropas de Putin. Um blindado T-54, em condições de uso, custa menos que um blindado com um míssil antitanque norte-americano Javelin — em torno de US$ 180 mil, ou R$ 860 mil.
A metodologia utilizada pelo Exército da Rússia é semelhante ao emprego de asas anexadas em antigas bombas, sem a “guiagem” ativa, para transformá-las em drones.
Pelo menos não estão usando cães com explosivos que detonavam à distãncia para atingir os tanques alemães, durante a 2ª guerra mundial, desnecessário dizer o que acontecia com os pobres animais.