O Serviço Secreto dos Estados Unidos admitiu que negou pedidos de recursos federais adicionais feitos pela equipe de segurança do ex-presidente Donald Trump nos dois anos anteriores à sua tentativa de assassinato, ocorrida no sábado 13. A revelação contraria declarações anteriores da agência, que negou as recusas depois do incidente.
Logo depois de um atirador atingir Trump enquanto ele discursava em um comício em Butler, Pensilvânia, o Serviço Secreto enfrentou acusações de republicanos e autoridades policiais anônimas sobre a recusa de agentes extras para proteger os eventos de Trump.
“Há uma afirmação falsa de que um membro da equipe do ex-presidente solicitou recursos adicionais e que eles foram rejeitados”, disse Anthony Guglielmi, porta-voz do Serviço Secreto, um dia depois do ataque a tiros.
Alejandro N. Mayorkas, secretário do Departamento de Segurança Interna, que supervisiona o Serviço Secreto, também reforçou a ideia de que a acusação de que ele havia negado os pedidos era “uma declaração infundada e irresponsável, e é inequivocamente falsa”.
Apesar das negativas, no sábado 20, Guglielmi reconheceu que o Serviço Secreto havia recusado alguns pedidos de recursos federais adicionais para Trump.
Duas fontes ouvidas pelo The New York Times confirmaram que a campanha do republicano buscou recursos adicionais durante a maior parte do tempo em que o ex-presidente estava fora do cargo.
Limitações de recursos do Serviço Secreto
O porta-voz também mencionou que a agência federal tem limitações na quantidade de recursos que pode enviar para eventos. Autoridades do Serviço Secreto relatam há anos que a agência está sobrecarregada, especialmente durante a temporada eleitoral, quando deve proteger o presidente em exercício, vários candidatos e convenções políticas.
Trump elogiou sua equipe do Serviço Secreto por protegê-lo depois da tentativa de assassinato em um comício em Butler. A equipe política de Trump está preocupada com a falta de apoio e recursos adicionais, incluindo a falta de detectores de metais suficientes em eventos.
Muitos pedidos da equipe de Trump foram negados pelo Serviço Secreto, causando preocupações com a segurança do ex-presidente.
‘Levei um tiro pela democracia’, diz Trump
Neste sábado, 20, uma semana depois de sofrer uma tentativa de assassinato, o ex-presidente republicano Donald Trump fez um comício na arena Van Andel, no Michigan. No evento, que contou com segurança reforçada, Trump discursou ao lado do vice J.D Vance.
Em seu discurso, ele elogiou Vance como um defensor dos trabalhadores e futuro excelente vice-presidente. Trump relembrou o atentado sofrido e homenageou Corey Comperatore, o apoiador morto na tentativa de assassinato.
Ao citar o atentado, o republicano também criticou os opositores que continuam a alegar que ele é uma “ameaça à democracia”.
“Eles continuam dizendo: ‘Ele [Donald Trump] é uma ameaça à democracia'”, disse Trump, em discurso. “O que eu fiz para a democracia? Na semana passada, eu levei um tiro pela democracia. O que eu fiz contra a democracia? Isto é loucura.”
Donald J. Trump: 'Eu levei um tiro pela democracia.' 🇺🇸🇧🇷
— Tradutor de Direita (@TradutordoBR) July 20, 2024
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