Dois soldados da Ucrânia foram feridos na fronteira com a Rússia na quinta-feira 16. Um deles está com o “estado de saúde satisfatório” e o outro “teve ferimentos fatais”.
As informações são da Ukrinform, a agência de notícias oficial da Ucrânia. “As tropas das Forças Conjuntas controlam a situação e continuam a repelir e deter a agressão armada da Federação Russa”, disse a publicação.
O texto fala que “as tropas de ocupação russa violaram cinco vezes o cessar-fogo” ontem e que os russos utilizaram “armas proibidas pelos acordos de Minsk”. Realizados em 2014, esses tratados diminuíram as tensões entre os dois países depois que a Rússia anexou a Crimeia Ucraniana.
“Perto de Pisky, o inimigo disparou morteiros de 82 mm e canhões antitanque portáteis montados em tripés”, descrevem os ucranianos. Em outras áreas, “as posições ucranianas foram atacadas por granadas de metralhadora”, assim como houve pontos onde “mercenários russos abriram fogo com armas pequenas”.
Agressões à Ucrânia pode trazer consequências
No domingo 12, o G7 avisou a Rússia que o país enfrentará grandes consequências se o presidente Vladimir Putin atacar a Ucrânia. O grupo é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Deles, apenas o Japão não faz parte da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan). Ainda assim, o país asiático é visto como um aliado importante do bloco militar.
“A Rússia não deve ter dúvidas que mais agressões militares à Ucrânia terão grandes consequências e altos custos em resposta”, informou o G7, ao término de uma reunião de seus chanceleres em Liverpool.
A Inteligência dos Estados Unidos acredita que os russos podem estar planejando uma grande ofensiva militar contra a Ucrânia já em 2022. Da mesma forma, no começo do mês, as autoridades ucranianas revelaram que a data mais propícia para um grande ataque russo seria em janeiro.
Posicionando as armas
A Rússia, na segunda-feira12, ameaçou posicionar mísseis nucleares de curto alcance na Europa, alegando que os membros da Otan pretendem fazer o mesmo. Se concretizado, o ato vai ferir a proibição para esse tipo de armamento no continente acordada por russos e norte-americanos em 1987. Na época de sua assinatura, o tratado foi considerado um grande alívio das tensões da Guerra Fria.