A substituição do plástico por outras alternativas é pior para as emissões de gases de efeito estufa na maioria dos casos, mostra estudo da revista Environmental Science & Technology. Os pesquisadores europeus relatam que, em “15 das 16 aplicações, um produto de plástico gera menos emissões de gases de efeito estufa do que suas alternativas”.
Os pesquisadores consideraram as emissões de produção, transporte, uso e descarte no fim da vida útil, incluindo aterro, incineração, reciclagem e reutilização. Calculando seus ciclos de vida, os produtos plásticos liberam entre 10% e 90% menos emissões do que as alternativas plausíveis — geralmente porque utilizam menos energia para fabricação e transporte.
Na construção civil, os canos de esgoto de policloreto de vinila foram comparados com os feitos de concreto e de ferro dúctil. Os tubos de PVC emitem 45% menos gases do que os de concreto e 35% menos do que os de ferro.
E as alternativas para o plástico?
As alternativas às garrafas plásticas são as latas de alumínio e as garrafas de vidro. Embora com frequência sejam recicladas, os pesquisadores descobriram que, no decorrer do seu ciclo de vida, as latas de alumínio emitem duas vezes mais gases de efeito estufa do que as garrafas plásticas. As garrafas de vidro emitem três vezes mais.
Neste momento, as Nações Unidas estão negociando um tratado global sobre poluição plástica. Uma opção que está sendo considerada é a proibição global de “produtos plásticos de curta duração e de uso único”. O que provavelmente incluiria as bandejas de isopor envoltas em filmes plásticos finos usados para embalar alimentos como carne de porco e de boi. Os pesquisadores compararam essas embalagens com as de papel de açougueiro e concluíram que, incluindo a produção e as emissões da deterioração dos alimentos, as embalagens de papel de açougueiro são responsáveis por 35% mais emissões do que as de plástico.
Clique neste link ler a reportagem completa de Ronald Bailey, publicada na Edição 223 da Revista Oeste.