Tropas de uma aliança militar liderada pela Rússia chegaram ao Cazaquistão nesta quinta-feira, 6, para restaurar a ordem depois que protestos no país contra o aumento no preço dos combustíveis se tornaram violentos. O envio foi solicitado pelo próprio presidente do Cazaquistão, Kassym-Jomart Tokayev, que decretou estado de emergência e impôs toque de recolher.
Autoridades do país relatam que dezenas de manifestantes foram mortos e centenas ficaram feridos, incluindo 13 policiais, e dois deles foram decapitados. Segundo o Ministério do Interior, cerca de 2 mil pessoas foram presas até o momento.
Crise
A crise no Cazaquistão, que é rico em petróleo, representa o maior desafio até o momento para Tokayev, no poder há menos de três anos. O país abriga alguns dos maiores campos de petróleo do mundo e é responsável por mais de 40% da produção mundial de urânio, informou o jornal The New York Times.
Segundo Stanislav Zas, secretário-geral da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, foram enviados cerca de 2,5 mil soldados para o Cazaquistão, e esse número pode aumentar. Mas o secretário não informou se os soldados foram enviados apenas para a cidade de Almaty, capital econômica do Cazaquistão, onde manifestantes atacaram diversos prédios públicos, ou também para outras localidades.