O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto que determina o fim da obrigatoriedade do uso de canudos de papel em prédios federais e garante o retorno dos canudos de plástico. O texto foi sancionado nesta segunda-feira, 10.
A medida prevê a eliminação do uso desses canudos em todo o país dentro de 45 dias. Segundo o documento, “o governo federal está instruído a parar de adquirir canudos de papel e garantir que eles não sejam mais fornecidos em edifícios federais”.
A decisão faz parte de uma iniciativa da nova administração para reverter políticas ambientais implementadas pelo governo Biden. Trump argumenta que a campanha contra os canudos de plástico foi baseada em simbolismo, e não em ciência, e que a adoção dos canudos de papel trouxe mais prejuízos do que benefícios.
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O decreto critica a pressão exercida por ativistas ambientais sobre governos estaduais e municipais, o que resultou em proibições ao uso de canudos plásticos em várias cidades norte-americanas. Segundo o texto, “cidades e Estados em toda a América proibiram canudos de plástico, cedendo à pressão de ativistas woke que priorizam simbolismo em vez de ciência”.
Trump argumenta que os canudos de papel não são uma alternativa viável por diversas razões. Um dos principais pontos é a presença de substâncias químicas potencialmente prejudiciais à saúde nos canudos de papel, como os chamados PFAS, elementos altamente solúveis em água e que podem se desprender do canudo e contaminar a bebida.
“Um estudo descobriu que, enquanto os PFAS foram encontrados em canudos de papel, nenhum nível mensurável desses químicos foi detectado em canudos de plástico”, destaca o decreto.
Donald Trump: Vamos voltar a usar os canudos de plástico. Ninguém gosta de canudos de papel. Se o "trem" estiver quente, eles não duram muito tempo. 🇺🇸🇧🇷 pic.twitter.com/FGfWWGEf7F
— Tradutor de Direita (@TradutordoBR) February 11, 2025
Além dos riscos à saúde, Trump também critica a ineficiência dos canudos de papel, que, segundo ele, obrigam os consumidores a usarem múltiplas unidades para completar uma única bebida por causa da fragilidade do material.
O decreto também argumenta que os canudos de papel podem ter um impacto ambiental pior do que os de plástico, em contraposição ao argumento central de seus defensores.
Estudos citados no documento mostram que a produção de canudos de papel pode gerar uma pegada de carbono maior do que a de canudos plásticos e exigir mais consumo de água.
Além disso, muitos canudos de papel vêm embalados individualmente em plástico, o que, segundo o decreto, compromete o argumento ambiental de sua adoção.
Trump modifica normas ambientais
O decreto busca reposicionar a abordagem ambiental do governo Trump, que afirma que sua administração prioriza uma estratégia “de bom senso” para a preservação ambiental, em contraste com a gestão Biden. Segundo ele, o ex-presidente desperdiçou recursos em “sinalizações de virtude” em vez de soluções.
Trump critica duramente os investimentos do governo Biden em infraestrutura verde, ao mencionar os bilhões de dólares gastos na instalação de carregadores para veículos elétricos. “A administração Biden gastou bilhões em estações de recarga de veículos elétricos, mas apenas oito foram concluídas”, recorda o decreto.
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Ele também destaca outras políticas de sua gestão que, de acordo com ele, demonstram seu compromisso com a proteção ambiental sem comprometer a economia. Entre as ações mencionadas no documento estão:
- Melhoria na gestão florestal para reduzir a incidência de incêndios florestais;
- Pausa na expansão da energia eólica, sob o argumento de que seu impacto negativo sobre a fauna pode superar seus benefícios;
- Assinatura do Save Our Seas Act, decreto que combate a poluição dos oceanos; e
- Defesa da independência energética dos EUA por meio do uso de carvão e gás natural, descritos como “algumas das fontes de energia mais limpas do mundo”.
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