As escolas e universidades norte-americanas que exigem a vacinação contra covid-19 correm o risco de perder financiamento do governo federal. É o que indica o decreto assinado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta sexta-feira, 14.
A ordem de reter o dinheiro para essas instituições de ensino cumpre uma promessa de campanha do republicano, mas seu impacto tende a ter limitações. Nenhum Estado norte-americano obriga a vacinação contra o coronavírus para os alunos do ensino fundamento e médio.
Entre as universidades, apenas 15 ainda exigiam a imunização até o fim do ano passado, de acordo com o grupo ativista No College Mandates.
+ Leia mais notícias de Mundo em Oeste
O decreto orienta o Departamento de Educação e o Departamento de Saúde a criar um plano para acabar com a obrigatoriedade da vacinação contra a covid. Não está claro, contudo, quais fundos serviriam como alavanca para isso, pois a maior parte do financiamento federal para educação é o Congresso dos EUA quem determina.
A ordem de Trump mira especificamente as vacinas contra a covid, que foram exigidas em alguns distritos, especialmente os mais “progressistas”, para estudantes que participassem de esportes ou para visitantes, incluindo pais.
A decisão não atinge as políticas estaduais que obrigam a vacinação das crianças em idade escolar contra outras doenças, como sarampo, caxumba, poliomielite, tétano, coqueluche e catapora. Essas exigências não se aplicam às crianças que, por razões médicas, não podem receber imunização.
Trump dá guinada em posição sobre vacinas contra covid
![Trump alegou que a medida resultaria em impostos mais baixos e melhor proteção militar para os canadenses | Foto: Reprodução/Twitter/X](https://medias.revistaoeste.com/wp-content/uploads/2025/02/Trump-2.jpg)
O decreto, embora tenha impacto limitado, reflete a guinada de Donald Trump na posição sobre as vacinas contra a covid. O republicano, que presidia os Estados Unidos no começo da pandemia, defendeu os imunizantes, contrariando os mais radicais da própria base.
Já na campanha para voltar à Casa Branca, Trump dizia com frequência que “não daria um centavo a qualquer escola que tenha obrigatoriedade de vacinação”.
Leia mais:
Logo depois de assumir a Presidência dos EUA, o republicano anunciou que reintegraria cerca de 8 mil soldados dispensados por se recusarem a tomar a vacina contra a covid.
Para chefiar o Departamento de Saúde do segundo governo, Donald Trump escolheu Robert F. Kennedy. O Senado norte-americano aprovou a nomeação, mas com a promessa de que ele não iria interferir nas políticas de vacinação.
Leia também: “A faxina de Donald Trump”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 256 da Revista Oeste
Revista Oeste, com informações da Agência Estado e de agências internacionais de notícias