A decisão de Elon Musk de cancelar a compra do Twitter é uma perda para a rede social e para a liberdade de expressão, diz artigo publicado pelo The Wall Street Journal. Os únicos vencedores serão os “progressistas”, que apoiam a censura da plataforma a pontos de vista que não condizem com o seu sobre política, meio ambiente e outros assuntos.
Críticos avaliam que Musk nunca levou a sério a compra do Twitter, mas ele demonstrou em diversas ocasiões que, sim, quis levar adiante a ideia. O bilionário agora poderá pagar uma multa de US$ 1 bilhão, bem como enfrentar um extenso litígio com a empresa.
Relacionadas
O número de usuários da plataforma está diminuindo, e as perdas ultrapassam US$ 1,3 bilhão nos últimos dois anos (mesmo com o aumento dos lucros das empresas de tecnologia). A dívida da big tech está se tornando maior, e outros candidatos à compra do Twitter podem encontrar obstáculos regulatórios.
“Musk pode estar esperando negociar um preço de compra mais baixo, mas, se desistir, será uma perda para a livre expressão de ideias”, diz o artigo. “Tuítes de conservadores que apresentam informações puramente factuais sobre assuntos como tratamento da covid-19 e meio ambiente são frequentemente rotulados como desinformação. As contas são suspensas sem explicação, e as apelações não são respondidas. Ninguém sabe quem são os ‘magos’ que tomam essas decisões, e Musk diz que permitiria um debate mais aberto.”
Relacionadas
A compra do Twitter por Musk seria uma solução de livre mercado contra o domínio progressivo dos gigantes de tecnologia. Os republicanos prometem atacar a censura das big techs, caso venham a controlar o Congresso nas eleições de novembro — e o Twitter será o primeiro da fila.
“O Twitter pode ajudar a si mesmo ao acabar com a censura política unilateral, mas sua equipe woke e sua cultura corporativa podem tornar isso impossível”, conclui o jornal.
Leia também: “O voo da liberdade”, reportagem de Cristyan Costa e Dagomir Marquezi publicada na Edição 110 da Revista Oeste