A Ucrânia acusou o Exército russo de deter cerca de 600 pessoas, incluindo jornalistas e ativistas pró-Kiev, na região de Kherson, no sul do país. De acordo com o governo ucraniano, os detidos estariam em câmaras de tortura e enfrentando tratamento desumano.
Ao sul da Ucrânia, litoral do Mar Negro, a cidade de Kherson possuía 1 milhão de habitantes antes da guerra. Atualmente, a localidade é ocupada por tropas russas.
Repr Ukraine’s President in Crimea: in Kherson region about 600 people abducted by russia’s invaders.They’re facing inhuman treatment&torture. Some (both civilians &POWs) are taken to Crimea. Abducted people from the Zaporizhzhia region are also being taken to Crimea pic.twitter.com/TFP2iI5FYW
— Ukrainian Mission to OSCE & UN in Vienna (@UKRinOSCE) June 7, 2022
“Segundo as nossas informações, cerca de 600 pessoas estão detidas em porões especialmente preparados na região de Kherson”, informou Tamila Tacheva, representante do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
Os detidos são “principalmente jornalistas e ativistas” que organizaram “comícios pró-ucranianos em Kherson” após a ocupação do território pelos russos.
Ainda de acordo com Tamila, alguns ucranianos — civis e militares — foram enviados para prisões na Crimeia, península ao sul da Ucrânia anexada pela Rússia em 2014.
Território ocupado
Na quinta-feira 2, Zelensky afirmou que um quinto do território de seu país está sob controle da Rússia, e a região de Donbas está “quase totalmente destruída”.
“Até agora, cerca de 20% do nosso território está sob o controle dos ocupantes, quase 125 mil quilômetros quadrados. Isso é muito maior do que a área de todos os países do Benelux juntos”, disse o líder ucraniano, em fala à Câmara dos Deputados de Luxemburgo, referindo-se à união econômica composta de Bélgica, Holanda e Luxemburgo.
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