Ucrânia pede apoio militar 'constante', e não 'pontual'

A vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, afirmou no domingo 5 que seu país precisa do apoio militar “constante” de países ocidentais para derrotar as forças russas, não de ajuda “pontual”. A declaração ocorreu no mesmo dia em que a capital do país, Kiev, foi bombardeada fortemente pelas forças do Exército russo.

“As armas já começaram a chegar, mas não é o suficiente para repelir fortemente o Exército russo”, disse. “Vamos sempre precisar de apoio, já que entramos em uma guerra prolongada. O Ocidente precisa entender que esta não é uma ajuda pontual, mas até a vitória”, disse a vice-ministra da Defesa.

A Ucrânia aguarda a entrega de um sistema de mísseis mais avançados prometida pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e espera que essa remessa de novas armas altere o equilíbrio de forças contra a Rússia no leste do país.

Na quarta-feira 1°, os Estados Unidos anunciaram que iriam enviar à Ucrânia quatro sistemas Himars (lançadores múltiplos de foguetes montados em veículos blindados) e ainda mais mil mísseis Javelin anti-tanque e quatro helicópteros Mi-17 como parte de um novo pacote de ajuda militar.

O subsecretário norte-americano da Defesa, Colin Kahl, informou que as forças ucranianas irão precisar de cerca de três semanas de treino para utilizar os Himars, que podem dar aos ucranianos uma vantagem de distância e precisão na batalha pelo Donbass.

Ainda no domingo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou multiplicar os alvos caso o Ocidente forneça mísseis de longo alcance à Ucrânia. “Atacaremos aqueles alvos que ainda não atingimos”, disse Putin, em entrevista ao canal de televisão estatal Rossiya.

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