David Hume nasceu em 1711, na Escócia. Filósofo, historiador e ensaísta, o escocês se tornou célebre por seu ceticismo. Ao lado de figuras como John Locke e Adam Smith, Hume é considerado um dos mais importantes pensadores do iluminismo, movimento intelectual que ganhou força na Europa nos séculos 17 e 18. Em resumo, os iluministas defendiam as liberdades individuais e o uso da razão para validar o conhecimento.
Em um trecho de Ensaios Morais, Políticos e Literários, Hume trata especificamente da questão da beleza — e de sua importância para a arte:
“[…] em meio à variedade e ao capricho dos gostos, existem determinados princípios gerais de aprovação ou censura cuja influência pode ser detectada por um olhar atento em todas as operações do espírito. Existem certas formas ou qualidades que, devido à estrutura original da constituição interna do espírito, estão destinadas a agradar, e outras a desagradar”.
As tragédias de Shakespeare, a propósito, possuem formas ou qualidades — usando as palavras de Hume — destinadas a agradar. Esse é um exemplo literário, mas a ideia de uma beleza objetiva também se aplica à música, à arquitetura e à escultura. Para comprovar, basta ouvir Ludwig van Beethoven, ver uma foto da Catedral de Milão e contemplar Davi, de Michelangelo.
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Mais adiante, ainda em Ensaios Morais, Políticos e Literários, o filósofo escocês descreve as condições necessárias para o espectador reconhecer as formas ou qualidades destinadas a agradar ou desagradar:
“Somente o bom senso, ligado à delicadeza do sentimento, aprimorado pela prática, aperfeiçoado pela comparação e livre de qualquer preconceito, pode conferir aos críticos aquela valiosa personalidade; e o veredicto conjunto daqueles que a possuem, onde quer que se encontrem, constitui o verdadeiro padrão do gosto e da beleza”.
Entende-se, portanto, que o aperfeiçoamento pela comparação é a maneira mais apropriada para o espectador avaliar o que é belo e o que não é. Mas como fazer isso? Depois de ouvir a 9ª Sinfonia, de Ludwig van Beethoven, experimentar gêneros musicais em que conceitos como ritmo, melodia, harmonia, textura e forma não são prioritários. Depois de observar uma foto da Catedral de Milão, ver uma do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Por último, basta comparar Davi, de Michelangelo, com a lata de excrementos, de Piero Manzoni. É tiro e queda.
Pois é, o entusiasmo das crianças, sorry, . O tema me deu alguma esperança na humanidade. Obrigada.
Bom saber que essa matéria serviu para ajudá-la de alguma forma, Angela.
Abraço.
O entusiasmo das
Entendam de uma vez que é por tudo de belo que a civilização ocidental criou, fundamentada nos conceitos de liberdade, nação , família e nos conceitos da tradição judaico -cristã, é por tudo isso que estamos hoje travando essa guerra contra as aberrações do progressismo e dos extremismos identitários. É por isso que temos que esmagar essa esquerda, posto que é isso que eles querem fazer com nosso legado. Não há dialogo, não há entendimentos. Somos nós ou eles. Somos a maioria. Não podemos nos dar ao luxo de perder.