A União Europeia (UE) anunciou, nesta segunda-feira, 18, novas sanções à Rússia pela morte de Alexei Navalny, opositor político do presidente Vladimir Putin. As medidas devem atingir até 30 funcionários do governo russo, supostamente envolvidos no caso.
“Concordamos em sanções para os responsáveis pelo assassinato de Navalny”, disse Josep Borrell, integrante do alto-comando da União Europeia para negócios estrangeiros. A declaração ocorreu depois de reunião com os ministros de Relações Exteriores dos países da UE.
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Navalny morreu em 16 de fevereiro de 2024, em uma prisão no Ártico russo. A família do ativista alega ter ficado sem acesso ao corpo mesmo depois de sete dias. De acordo com a acusação por parte da família dele, o governo russo estaria tentando esconder vestígios de assassinato.
No dia 23 de fevereiro, a mãe de Navalny conseguiu acesso ao corpo do filho. Ela disse que o certificado de óbito produzido pelo Kremlin apontava “morte por causas naturais”.
O funeral do ativista ocorreu em 1º de março. Apoiadores se reuniram na Rússia para prestar homenagem póstuma.
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A cerimônia fúnebre se deu na igreja ortodoxa Ícone da Mãe de Deus, no distrito de Maryino, no sul de Moscou. O corpo do ativista foi enterrado no Cemitério Borisovski.
Sanções por causa da morte de Navalny e contestação da reeleição de Putin
Os nomes dos russos alvos das sanções por parte da União Europeia serão conhecidos quando as medidas forem adotadas formalmente. Além disso, a lista deverá sair no Diário Oficial da UE. Isso deve ocorrer nos próximos dias.
As sanções por causa da morte de Navalny se dão no mesmo dia em que as autoridades eleitorais russas informaram que Putin obteve uma vitória recorde nas eleições presidenciais do último domingo, 17. Conforme os dados oficiais da Rússia, o presidente foi reeleito com 87,28% dos votos.
Segundo Borrell, “não houve uma eleição livre e justa na Rússia”. Ele disse, nesse sentido, que a União Europeia “condena veementemente a realização ilegal das chamadas ‘eleições’ nos territórios da Ucrânia ocupados pela Rússia.”
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