O atual presidente da Rússia, Vladimir Putin, seguirá no cargo. Apuração da disputa deste fim de semana confirmou o favoritismo dele, que, oficialmente, ganha mais um mandato de seis anos no comando do Kremlin.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
A vitória de Putin já era aguarda por agentes do cenário internacional. Não havia opositores de peso. Além dele, a eleição contou com outros três candidatos: Nikolay Kharitonov (Partido Comunista), Vladislav Davankov (Novo Povo) e Leonid Slutsky (Partido Liberal Democrático). O presidente reeleito concorreu de forma independente.
Nenhum dos oponentes conseguiu alcançar votação expressiva. De acordo com a agência de notícias Sputnik, que é controlada por Moscou, a disputa já estava praticamente definida com 59% das urnas apuradas — o que ocorreu por volta das 17h15 deste domingo, 17, pelo horário de Brasília.
Conforme os dados oficiais, Putin lidera com folga, com 87,28% dos votos. O comunista Kharitonov apare em segundo, mas com apenas 4,18%. Davankov registra 3,99%, enquanto Slutsky fica com 3,12%. Dessa forma, ninguém consegue alcançar o porcentual de votação do atual presidente.
Leia mais:
Maior país em extensão territorial do mundo, a Rússia realizou a eleição presidencial deste ano de forma diferente. A votação ocorreu de sexta-feira 15 até este domingo. Além de se dirigir a locais físicos, os eleitores poderiam votar de forma on-line. De acordo com a Tass, outra agência de notícias controlada pelo Kremlin, mais de 65% da população habilitada participou do pleito.
Eleito, mas com protestos
Apesar do alto índice de popularidade, ao menos conforme os números da apuração oficial, Vladimir Putin conquista a reeleição de presidente em meio a protestos realizados dentro e fora da Rússia. A viúva de Alexei Navalny, Yulia Navalnya, liderou manifestação, neste domingo, em Berlim, capital da Alemanha. Opositor de Putin, Navalny morreu na prisão, na Sibéria, em 16 de fevereiro.
Também neste domingo, 65 pessoas foram detidas enquanto se manifestavam contra o presidente russo. Os protestos ocorreram de forma simultânea em 16 cidades espalhadas pelo país.
Relação de Vladimir Putin com o poder da Rússia
Natural de Leningrado, cidade posteriormente rebatiza como São Petersburgo, Vladimir Putin tem 71 anos. Ex-agente da KGB, agência de inteligência mantida pela União Soviética, e ex-vice-prefeito de sua cidade natal, ele está no centro do poder russo desde agosto de 1999. Inicialmente, foi primeiro-ministro. De maio de 2000 a maio de 2008, ocupou a presidência pela primeira vez.
Leia também: “Nobel de literatura, Svetlana Aleksiétch diz: ‘Mundo não percebeu que Putin é um Hitler com novas tecnologias'”
Ao deixar a presidência, voltou ao cargo de primeiro-ministro, permanecendo como tal até maio de 2012. Desde então, Putin é o presidente da Rússia de forma ininterrupta.
Com ele à frente do Kremlin, a Rússia iniciou conflitos internacionais na última década. Em 2014, por exemplo, depois de votação local, ele anexou a Península da Crimeia. Até hoje, contudo, a comunidade internacional considera o território como parte da Ucrânia.
Em fevereiro de 2022, por ordem de Putin, forças militares russas invadiram o leste ucraniano. A guerra, a saber, segue ativa até hoje.
Leia também: “Ditadores também sentem medo”, reportagem de Dagomir Marquezi publicada na Edição 207 da Revista Oeste
A democracia foi sequestrada em diversos países do mundo, a disputa pelo poder, gera uma decadência moral, intelectual e espiritual gigantesca!
Não foi em mil novencentos e fumaça, que o reinado russo tinha acabado?
Criaram um outro!
Mais uma ditadura !
E alguém achava que aconteceria algo diferente.
30 anos no poder isso é o COMUNISMO e rem JEGUE que APOIA…..
Essas ditaduras fazendo eleições é uma piada.
Depois que o opositor foi envenenado, preso e por fim assassinado. Esses ditadores pensam que a humanidade nao esta vendo e sabendo tudo que esta acontecendo. Ha 24 anos no poder, o ditador nao pensa que é o dono da Russia, mas tem certeza. E agora que ja esta um velho de mer…… nao tem nada para perder se jogar uma bomba atomica em qualquer pais opositor.