Os comandantes da Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela (FANB) declararam nesta terça-feira, dia 6, que permanecem absolutamente leais ao ditador Nicolás Maduro. A manifestação ocorreu um dia depois de o candidato de oposição Edmundo González apelar por apoio das Forças Armadas e das polícias, em comunicado público, no qual declarou ser o verdadeiro presidente eleito do país.
O ex-diplomata afirma ter vencido as eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, munido de parte das atas de votação. Ele foi reconhecido como vencedor pelos Estados Unidos e por países latino-americanos, como Argentina, Uruguai, Panamá e Peru.
Sob desconfiança interna e externa, o Conselho Nacional Eleitoral, órgão controlado pelo chavismo, declarou que Maduro foi reeleito. O órgão promoveu rapidamente uma cerimônia de diplomação do ditador.
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O resultado, porém, passou a ser imediatamente contestado dentro e fora da Venezuela. Cobrado por denúncias de fraude e sem respaldo internacional, o regime não forneceu nenhuma evidência do resultado da votação, o que é cobrado mesmo por governos ideologicamente próximos, como os de Brasil, Colômbia e México.
Uma semana depois, González pediu a militares e policiais que se aliassem ao povo, deixassem de reprimir manifestações pacíficas e impedissem a atuação de destacamentos que atacam, torturam e matam em defesa da cúpula madurista. Ele também disse que o “novo governo oferece garantias àqueles que cumprem com seu dever constitucional”. “Membros da Força Armada e dos corpos policiais, atendam a seus deveres institucionais, não reprimam o povo, acompanhe-o.”
Comandantes da Venezuela reconhecem reeleição de Maduro
Ao longo desta terça-feira, um a um os generais comandantes das Regiões Estratégicas de Defesa Integral (Redi) responderam ao pedido de González. Eles vieram a público declarar que reconhecem a reeleição do chavista e que consideram que a oposição perdeu e estimula uma insurreição.
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O regime organizou atos públicos em cada quartel das Redi pelo país. Os discursos dos oficiais foram veiculados pela rede de televisão oficialista Venezuelana de Televisão — VTV, na qual o próprio Maduro possui um programa.
Os generais fizeram referência direta à carta pública assinada por González e pela líder da oposição, María Corina Machado. Ele foi classificado pelos generais como “ex-candidato”; ela, como “fascista” e “ultradireitista”.
De acordo com os generais, ambos opositores lideraram grupos criminosos em manifestações e incitaram policiais e militares à “desobediência”. O procurador-geral, Tarek William Saab, aliado de Maduro, abriu uma investigação contra González e Corina. O ditador pede que os dois sejam presos.
Militares falam em “conspiração”
Os comandantes disseram que “rechaçam categoricamente qualquer ação conspiratória e desestabilizadora”. Além disso, pediram “máxima vigilância” aos militares, policiais e ao “poder comunitário” e movimentos sociais, uma referência aos coletivos chavistas, parte do aparato armado do regime.
Leia também: “Aliada de María Corina filma a invasão de sua casa por agentes de Maduro; oposição denuncia sequestro da mulher”
Em paralelo, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, promoveu uma declaração em Caracas, também cercado de comandantes. Ele disse que os opositores desataram uma onda de terrorismo e querem promover no país um plano entreguista.
“A união cívico-militar-policial garante a paz. Unidos como nunca”, afirmou López. Ele leu um comunicado, depois republicado por Maduro, no qual a FANB e as polícias qualificam a proposta da oposição como “desesperada” e “sediciosa”.
Os militares são peça-chave no regime chavista e considerados um obstáculo para a remoção de Maduro do poder. Desde que chegou ao Palácio Miraflores, o chavismo promoveu mais de 2 mil generais — número sem paralelo no mundo —, realizou um alinhamento político e entregou a eles benesses remuneratórias e controles de diversos aparatos do Estado.
Leia também: “A farsa da Venezuela”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 228 da Revista Oeste
Revista Oeste, com informações da Agência Estado
com certeza a alta cúpula das forças armadas, estão nadando no dinheiro
Vergonha lá igual a de cá.
Forças armadas corrompidas, sem moral, se venderam em troca do lucro das drogas e da escravidão do seu povo. A Venezuela se tornou um país amaldiçoado.
Essa ” lealdade ” de araque, a quem há muito sequer respeita as próprias palavras, soa muito bem o que se sabe quando um técnico de futebol está ” prestigiado ” pelo clube que destruiu.
Militares sendo militares. Sempre escolhendo o lado do cifrão!!! Covardes e traidores da nação. Lamentável!!
Militares idênticos aos daqui, traidores e prostituidos.
Os militares Venezuelanos tem como principal caracteristica o amor ao dinheiro. Sao todos regiamente pagos, devidamente promovidos, tem mais generais que qualquer potencia militar , administram contrabando de gasolina, controlam a logistica de drogas dentro do territorio Venezuelano e acima de tudo sabem que terao que responder por ter abandonado o povo Venezuelano nas maos desse narcotraficante em uma eleiçao descaradamente roubada. Sao piores que os coletivos armados que fazem parte da folha de pagamento de Maduro ja que sao criminosos disfarcados atras de uma farda. Pobre Venezuela.
Obrigado Maduro por nos mostrar o que é o socialismo e a necessidade de termos urnas eletronicas com voto impresso auditavel.
O PL do COMPROVANTE IMPRESSO DO VOTO elaborado em 2002, foi revisado e pronto em 2015, mas não encontra espaço na pauta do CN.
Alô Oposição! O que falta para a CCJ e Cidadania?
Igualzinho aos melancias daqui.