Depois da divulgação do resultado das eleições da Venezuela deste domingo, 28, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou o ditador Nicolás Maduro como presidente reeleito do país, na tarde desta segunda-feira, 29. Segundo o órgão, o chavista obteve pouco mais de 5 milhões de votos, enquanto Edmundo González, da oposição, 4,4 milhões.
“Gostaria de saudar especialmente o corpo diplomático do país, embaixadores, encarregados de negócios e o povo”, disse o ditador. “Temos de respeitar os resultados das eleições.”
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Sob grande desconfiança a respeito do resultado das eleições, Maduro defendeu o sistema eleitoral do país, o qual classificou como de “altíssimo nível de segurança”. “Houve 16 auditorias. Digam-me: em quais países há tanta auditoria?”, disse.
Conforme o CNE, Maduro ganhou com 51,2% dos votos. Já o ex-diplomata Edmundo González obteve 44%.
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“Foi um ataque massivo ao sistema de transmissão do CNE, porque os demônios não queriam que se publicasse o resultado hoje”, afirmou o ditador, sem provas. “Sabemos de onde veio, quem ordenou. E a Procuradoria-Geral da República vai fazer justiça.”
‘MPF’ da Venezuela anuncia investigação contra María Corina
Nesta segunda-feira, 29, o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, anunciou uma investigação contra a ex-deputada María Corina Machado, por “fraude eleitoral”.
Conforme Saab, María Corina tentou “adulterar as atas” da disputa pela Presidência. Saab associou ainda a ex-deputada a um suposto ataque hacker aos sistemas do CNE.
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De acordo com o procurador-geral, “felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados”.
Um tiro na testa resolve o problema.