O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira 3 a libertação de 110 manifestantes. Eles haviam sido detidos durante os protestos que contestaram sua reeleição em julho de 2024. Essa ação eleva para mais de 2 mil o total de detentos soltos desde então, conforme informado pelo procurador-geral Tarek William Saab.
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A decisão foi tomada em meio à crescente pressão internacional, especialmente vinda de países Brasil e Colômbia, que têm cobrado medidas pós-eleitorais do governo venezuelano para a liberação de opositores políticos, segundo a CNN.
Além disso, foi autorizada a instalação de um gerador de energia na Embaixada da Argentina em Caracas. Opositores asilados no local estavam sem eletricidade há 100 dias.
A situação na Venezuela é tensa. Contra todas as evidências de fraude, em 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), a mais alta Corte do país reconheceu a reeleição do presidente venezuelano na votação de 28 de julho. Tal tribunal é alinhado ao regime de Nicolás Maduro.
Detenções arbitrárias no governo Maduro
Opositores como María Corina Machado, que vêm reagindo ao autoritarismo do governo da Venezuela, elogiaram a liberação, referindo-se aos detidos como “heróis” que enfrentaram uma “luta longa e dolorosa”. A oposição, entretanto, prossegue pessimista em relação às intenções do governo.
A autenticidade das liberações foram questionadas. Maduro segue sendo acusa de tentar melhorar sua imagem internacional sem realizar reformas políticas.
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O governo de Maduro enfrenta críticas contínuas sobre a transparência e legitimidade do processo eleitoral que resultou em sua reeleição. Organizações internacionais e governos estrangeiros expressaram preocupações sobre a repressão a manifestações. Há detenções arbitrárias de opositores, que têm cada vez mais minado a credibilidade do governo.