O norte-americano David Scott, de 49 anos, vice-presidente sênior da ExxonMobil, empresa do petróleo dos Estados Unidos (EUA), foi preso na quinta-feira 5 em um hotel na pequena cidade de Magnolia, no Texas. Ele é acusado de agressão sexual a uma mulher em um quarto de hotel. O executivo está detido sob fiança de U$ 30 mil.
O gabinete do xerife do Condado de Montgomery, que investiga o caso, disse à imprensa local que os “detalhes sobre as acusações não estão disponíveis no momento”.
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De acordo com a agência de notícias Reuters, um funcionário do hotel teve acesso às imagens internas das câmeras de segurança e contou ter visto uma mulher ligando para a polícia do saguão. O registro foi feito pouco depois das 9 horas de 5 de outubro.
Scott é casado e mora em Houston, a 68 quilômetros do local do suposto crime de estupro. O executivo foi nomeado para o cargo de vice-presidente da uma unidade de negócios da ExxonMobil, uma das maiores empresas de energia do mundo, em abril de 2020. Em seu perfil no LinkedIn, ele diz trabalhar para a companhia há quase 27 anos.
Segundo o Wall Street Journal, o escândalo ocorre justamente quando a área chefiada por Scott está fechando um acordo milionário para a compra da Pioneer Natural Resources, empresa de exploração de hidrocarbonetos.
O jornal norte-americano de negócios afirma, ainda, que a aquisição da Pioneer pela Exxon poderia valer cerca de US$ 60 bilhões e remodelar a indústria petrolífera dos EUA. A companhia se negou a comentar a possível compra, o que chamou de “rumores de mercado”.
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ExxonMobil afasta executivo preso por agressão sexual
Embora as acusações contra David Scott ainda não estejam claras, a empresa afastou o executivo do cargo e, em nota oficial, disse estar “ciente das alegações”:
“Não podemos falar sobre o assunto pessoal”, afirma a ExxonMobil, em nota divulgada à imprensa. “No entanto, podemos dizer que este indivíduo não continuará em suas responsabilidades de trabalho à medida que a investigação prossegue.”
No Estado do Texas, uma condenação por crime de segundo grau (agressão sexual) pode resultar em até 20 anos de prisão, com pena mínima de dois anos.