À medida que avança a vacinação contra a covid-19, grande parte dos países da Europa esboça a retomada da vida “normal” ou, pelo menos, de algo mais próximo ao que conhecíamos antes da chegada da pandemia.
Um dos principais indicativos de que algumas importantes cidades europeias vêm voltando à normalidade é o agito da vida noturna dessas metrópoles. Em Berlim, por exemplo, a maioria das boates e casas noturnas já reabriu suas portas depois de um ano e meio de paralisação.
Leia mais: “Covid-19: com 83% de vacinados, Dinamarca derruba todas as restrições”
Em alguns desses estabelecimentos, as filas para a entrada se estendem por vários quarteirões. A espera pode chegar a até duas horas. “É como esperar na fila para andar de montanha-russa”, afirma ao jornal The New York Times Joe Friedrich, de 21 anos, que veio de Hamburgo especialmente para celebrar seu aniversário no Salon zur wilden Renate.
Na casa de dança KitKatClub, a expectativa dos clientes por uma “noitada” depois de tanto tempo também é enorme. “É quase surreal. Eu me sinto como uma adolescente de novo, como se estivesse saindo pela primeira vez, sem saber o que esperar! As pessoas vão ser legais? Estou com a roupa certa? Tudo ficou parado por um ano e meio, por isso estamos tão prontos para festejar”, comemorou Sanne Walderveen, de 40 anos, que veio de Amsterdã, na Holanda.
Leia também: “Merkel parabeniza Olaf Scholz por vitória nas eleições da Alemanha”
Outras casas noturnas de Berlim, entre as quais a tradicional Berghain, ainda permanecem fechadas, seja porque estão em obras ou porque não conseguiram encontrar a tempo funcionários e DJs para trabalhar. Há preocupação, ainda, com a propagação da variante Delta do coronavírus, o que gera temor sobre novas medidas restritivas impostas pelas autoridades locais.
A vida noturna na capital alemã é considerada fundamental para a economia local. O setor atraiu cerca de três milhões de turistas para a cidade em 2018, o que significou a injeção de mais de um 1,5 bilhão de euros, de acordo com dados da Comissão dos Clubes de Berlim, grupo comercial que representa o segmento.
Leia também: “Covid-19: Espanha suspende quarentena para brasileiros vacinados”
No início de agosto, o governo alemão financiou um projeto-piloto envolvendo seis casas noturnas de Berlim, que realizaram exames PCR de rápida detecção para avaliar se era possível impedir, com maior precisão e rapidez, que pessoas infectadas entrassem nos estabelecimentos. Os profissionais do Charité, importante hospital universitário e de pesquisa de Berlim, analisaram os resultados. Dois mil frequentadores de casas noturnas compraram ingressos e foram testados horas antes de entrar nas boates.
Outros países
As regras para a reabertura das boates e casas noturnas variam de acordo com as definições de cada país europeu. Itália e França, por exemplo, permitem a entrada nesses estabelecimentos apenas de pessoas já totalmente imunizadas contra a covid-19. A mesma medida deve começar a ser adotada no Reino Unido.
Na Holanda, as boates receberam uma autorização inicial para reabrir em junho, mas logo tiveram de fechar novamente as portas em função de novos lockdowns decretados em cidades do país por causa da variante Delta. O mesmo aconteceu em regiões da Espanha.
Leia também: “PIB da Alemanha cresce 1,6% no 2º trimestre”
Com informações do jornal The New York Times
Perfeito Eduardo! Essas exigências “”pseudo-sanitárias”” tem outros nomes: – regime de exceção, segregação ditatorial, charlatanismo, etc e etc e tal…
Lamento muito ver a Oeste cair no conto de usar o termo “imunizado” (e até mesmo “totalmente imunizado”) para descrever “vacinado”. Imunizado é quem está imune à doença, o que não é o caso dos vacinados contra Covid-19.