Um vídeo dos anos 1940 — e que agora foi restaurado — mostra a maior cidade da China bem diferente da dos dias atuais. A Xangai conhecida pelos arranha-céus não tinha os imponentes prédios e possuía poucos veículos motorizados.
A restauração do vídeo foi feita pela empresa francesa NASS, que incluiu cor, design de som, brilho, nitidez e redução de ruído. O trabalho ainda adicionou um raro registro do ritmo bem parecido com a efervescente Xangai que dava seus primeiros passos no desenvolvimento como polo econômico chinês há mais de 80 anos.
As imagens mostram muitos riquixás — espécie de “carroças”, com um ou dois lugares, empurradas por pessoas. As bicicletas também pareciam comuns em Xangai na metade do século 20. Veículos motorizados eram poucos: nas gravações, quase não se veem carros, caminhões ou bondes pelas ruas.
Também fica evidente a diferença das edificações em cada área da cidade. Na primeira parte do vídeo, os prédios têm dois ou três andares e são abarrotados de placas baixas com o que parecem ser anúncios comerciais. Já na segunda parte, o vídeo mostra edifícios mais altos no que parece ser a área mais central e rica de Xangai.
A estimativa é que as gravações sejam posteriores a 1937, quando Xangai foi tomada pelo Japão. O país vizinho continuou na cidade chinesa até o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A partir de 1949, o Partido Comunista da China assumiu o controle da cidade.
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Nos dias atuais
Atualmente, Xangai possui pouco mais de 24 milhões de habitantes, sendo a área mais populosa da China. A cidade se tornou um centro global de finanças e negócios, possui o porto de contêineres mais movimentado do mundo e tem a maior rede de metrô.
Nos anos 1990, as reformas econômicas introduzidas por Deng Xiaoping resultaram em uma intensa remodelação da cidade. Desde então, Xangai ressurgiu como um centro financeiro internacional, sendo o terceiro mais competitivo do mundo, atrás de Nova Iorque e Londres.