Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou nesse sábado 1º, que teme perder o apoio bipartidário dos Estados Unidos (EUA), depois do que chamou de “mensagens perigosas vindas de alguns republicanos”. Durante uma entrevista coletiva concedida à imprensa pelo líder ucraniano em Kiev, Zelensky afirmou: “Mike Pence nos visitou e apoia a Ucrânia. Em primeiro lugar, como americano e depois como republicano. Temos apoio bipartidário. No entanto, existem diferentes mensagens em seus círculos sobre o apoio à Ucrânia. Há mensagens vindas de alguns republicanos, às vezes mensagens perigosas, de que pode haver menos apoio”.
O presidente da Ucrânia disse ainda que, independentemente de quem vença o próximo pleito presidencial dos EUA, manter o apoio bipartidário é “a coisa mais importante para a Ucrânia”. Ainda durante a entrevista coletiva, Zelensky foi interpelado sobre o risco de perder a própria vida nos conflitos com a Rússia, ao que ele respondeu que o risco é “maior para Putin”, porque a quantidade de adversários internacionais do presidente russo só está aumentando.
Alguns antecedentes
As discussões em torno do apoio dos EUA à Ucrânia contra a invasão russa gerou uma cisão no Partido Republicano. Os candidatos republicanos à chefia do Executivo norte-americano estão divididos em dois campos: aqueles “isolacionistas”, cuja maior figura é o ex-presidente Donald Trump e o governador da Flórida DeSantis, que afirmam que os EUA estão excessivamente engajados em apoiar a Ucrânia contra a invasão russa; e o falcões, que incluem vários ex-funcionários da administração Trump, que defendem uma postura mais agressiva em relação à Rússia.
Ambos os partidos alertam que, se as suas respectivas demandas não forem atendidas, uma guerra mundial pode ser deflagrada.