O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou neste domingo, 12, que a capital Kiev está pronta para entregar os soldados norte-coreanos que seu governo capturou. A condição, no entanto, é que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, facilite a troca dos militares por ucranianos que a Rússia deteve em seu território.
“Além dos primeiros soldados capturados da Coreia do Norte, sem dúvida haverá mais. É apenas uma questão de tempo até que as nossas tropas consigam capturar outras pessoas. Não deveria haver dúvidas no mundo de que o exército russo depende da assistência militar da Coreia do Norte”, disse Zelensky, em publicação na rede social Twitter/X.
Zelensky diz que ditador enviou 11 mil soldados
No último sábado, 11, o presidente ucraniano informou que o exército da Ucrânia capturou 2 soldados da Coreia do Norte na região de Kursk, na Rússia. Kiev afirma que o governo de Kim Jong-un enviou 11 mil militares para apoiar as tropas russas na região ocupada pela Ucrânia.
A Rússia, por sua vez, não se pronunciou sobre o caso. “A Ucrânia está pronta para entregar os soldados de Kim Jong-un se ele organizar a troca pelos nossos guerreiros que estão mantidos em cativeiro na Rússia. Para os soldados norte-coreanos que não desejam regressar, pode haver outras opções disponíveis”, disse o presidente ucraniano.
Zelensky acrescentou que essas opções destinam-se principalmente “aos soldados que expressarem o desejo de aproximar a paz, divulgando a verdade sobre esta guerra na Coreia”. Um dos militares que está em poder do governo de Kiev disse, aliás, que não sabia que estava na guerra da Ucrânia. O soldado revelou que recebeu a informação de que estaria em um treinamento militar.
O homem relata que se escondeu em um abrigo durante a ofensiva e que o exército ucraniano o encontrou dias depois. Ele declarou que voltaria à Coreia do Norte caso recebesse a ordem do país asiático, mas também estava pronto para permanecer na Ucrânia se tivesse oportunidade.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que os soldados norte-coreanos capturados não demonstraram intenção de ir para a Coreia do Sul, país que já informou cooperar com a Ucrânia se houvesse um pedido por parte do país europeu.
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