O PP, o PSDB e o União Brasil — três dos principais partidos políticos brasileiros — se posicionaram, nesta segunda-feira, 29, contra o resultado parcial das eleições na Venezuela. Nesta madrugada, a apuração parcial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país declarou o atual presidente e candidato à reeleição, o ditador Nicolás Maduro, como vencedor, com 51,2% dos votos. Mas ainda falta o resultado total das urnas, que ainda não foi divulgado.
Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) disse que defender a democracia é diferente de “aceitar o que acontece na ditadura da Venezuela. “Se o presidente Lula não condenar severamente as ações de Maduro, fica comprovado de uma vez por todas que democracia, para o PT, só é pauta para demagogia eleitoral”, escreveu no X/Twitter.
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Antonio de Rueda, presidente do União Brasil, classificou o processo eleitoral venezuelano como “conturbado e marcado por denúncias de fraude”. Além de cobrar um “atento da comunidade internacional – incluindo o Brasil”. “A vontade do povo venezuelano, que foi em peso às urnas no último domingo, deve ser respeitada. Eleição se ganha no voto, com transparência e lisura”, escreveu em nota.
Presidente do PSDB, Marconi Perillo chamou o governo brasileiro de “amigo da ditadura venezuelana” e cobrou um posicionamento, destacando que o governo “se calou totalmente sobre o assunto”. O Itamaraty divulgou, há pouco, uma nota sobre o assunto (leia a íntegra ao final da reportagem).
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“Eleição se ganha no voto, não no grito”, informou em nota. “A falta de transparência do governo da Venezuela em relação ao processo eleitoral do país é mais uma demonstração de que não há ali nenhum apreço à democracia.”
“O Brasil —que deu mostras recentes do vigor de suas instituições e da resiliência de sua democracia— tem obrigação de cobrar transparência no processo eleitoral da Venezuela e respeito aos ritos democráticos”, continuou.
A oposição e demais candidaturas independentes na Venezuela não aceitaram de forma consensual o resultado parcial. A comunidade internacional também criticou o resultado. A oposição afirmou que o principal candidato contra Maduro, Edmundo González, venceu com 70%.
Governo brasileiro comenta eleições na Venezuela
Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Palácio do Planalto reafirmou “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.
Segundo o Itamaraty, é essencial que o CNE publique os dados, “desagregados por mesa de votação”, para o processo ter transparência.
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“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração.
Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.
Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
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Principais partidos? O PL não é nada?
Aqui como lá que transparência? Desde de quando pode se confiar na contagem de votos feito pelos amigos? Aqui como lá? Se são adversários em comum… é simplesmente ridículo. O Alexandre é amigo de quem é adversário de quem? Vai ser parcial? Nem o papa seria.
O resultado seria diferente? – não. Ele comanda o País e, assim será, Ditador. O País é soberano, logo, o eleito, não se preocupará como opiniões alhures.