A líder do partido Novo na Câmara dos Deputados, Adriana Ventura (Novo-SP), criticou, nesta sexta-feira, 19, a busca e apreensão realizada pela Polícia Federal no gabinete do líder da oposição na Casa, Carlos Jordy (PL-RJ).
“Preocupante um líder da oposição ao governo do PT ter seu gabinete revirado a mando de um ministro do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Adriana em seu perfil oficial do X/Twitter. “Nada contra investigações da PF, mas é um absurdo a invasão do Poder Legislativo a mando de outro Poder. Onde estão as prerrogativas do Legislativo? Alô, alô presidentes?”
Como mostrou Oeste, a ação da PF faz parte da 24° fase da Operação Lesa Pátria, que pretende identificar as pessoas que planejaram, financiaram e incentivaram os atos de depredação que ocorreram em 8 de janeiro.
Na quinta-feira 18, os agentes chegaram ao gabinete de Jordy pela manhã e ficaram no local por cerca de duas horas. Eles saíram da sala com um notebook, alguns documentos e alguns malotes. Os policiais também estiveram em outros endereços do parlamentar.
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Carlos Jordy é o primeiro deputado federal alvo da operação. De acordo com o portal G1, o parlamentar teria trocado mensagens com um grupo de manifestantes no Rio de Janeiro e os teria orientado sobre as manifestações que resultaram na invasão dos Três Poderes.
Contudo, segundo Carlos Jordy, a operação é “uma medida autoritária, sem fundamento, sem indício algum, que somente visa perseguir, intimidar e criar narrativa às vésperas de eleição municipal”.
Até o momento, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não comentaram a busca e apreensão na Casa.
Como noticiou Oeste, Lira disse a aliados que o ministro do STF Alexandre de Moraes, responsável por autorizar os mandados de busca contra Jordy, não o avisou antecipadamente sobre a ação na Câmara.
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Me surpreendi, o estado de exceção veio antes da volta do Dino do Jurassic Park.
Na lata do lixo, aliás, como todos os congressistas.