O anúncio do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre o relator da indicação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC) rendeu críticas no Senado. Na segunda-feira 2, Padilha disse que o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), foi indicado como relator de Galípolo.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD-GO), porém, classificou que tais declarações antecipadas “só atrapalham”. Isso porque Cardoso havia dito, na semana passada, que ainda não havia um relator definido.
Hoje, ele disse que a relatoria estava entre Wagner e o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) e que pediu aos dois que resolvessem entre si. “Só atrapalham, essas declarações, principalmente sem conversar com o presidente do Senado, só atrapalham, porque não tem nada decidido”, disse Cardoso a jornalistas.
+ Leia mais sobre Política em Oeste
Líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA) classificou a ação de Padilha como uma “interferência indevida”. “Ele não deveria estar indicando relator, quem indica é o presidente da CAE”, avaliou. Alencar disse ainda que Coronel abriu mão da relatoria para Jaques.
Ainda ontem, Padilha falou que havia expectativa para que a sabatina ocorresse na próxima semana. Cardoso também refutou tal declaração ao dizer ser “humanamente impossível” sabatinar Galípolo na data. O presidente da CAE afirmou que o processo deve ocorrer no dia 17.
+ Data da sabatina de Galípolo é alvo de discordância entre governo e senadores
Ontem, Galípolo iniciou a rodada de encontros com senadores, apresentando-se e buscando votos. No plenário, ele precisa de 41 votos, no mínimo, para ser aprovado.
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].
Atrapalha nada. Será aprovado com louvor.