O depoimento do ex-ministro Anderson Torres terminou nesta segunda-feira, 8, na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, depois de duas horas. Na ocasião, Torres foi convidado a explicar a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno da eleição presidencial.
A defesa do ex-ministro informou que a oitiva “ocorreu dentro da normalidade”. “Anderson Torres compareceu à sede da PF, renunciou ao seu direito constitucional de ficar silêncio e respondeu a todos os questionamentos formulados”, comunicou o advogado Eumar Novacki.
O ex-ministro teria mandado a Polícia Rodoviária Federal (PRF) bloquear as rodovias no Nordeste no segundo turno eleitoral, a fim de impedir os eleitores do então candidato à Presidência Lula de votarem. Torres viajou à Bahia em 24 de outubro. Um dia depois, ele teve um encontro com o superintendente da PF da Bahia, Leandro Almada da Costa.
O motivo da viagem seria um Boletim de Inteligência (BI) que indicava os municípios onde o petista tinha preferência eleitoral. O documento foi elaborado pela delegada Marília Alencar, que integrava a Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça na época.
De acordo com as investigações, o relatório seria usado para Torres saber exatamente onde os bloqueios deveriam acontecer. À PF, Marília confirmou a autoria do BI, mas disse não saber para qual fim ele seria usado.
A Oeste, a defesa de Torres informou que a ideia da viagem à Bahia partiu do ex- delegado-geral da PF Márcio Nunes Oliveira. O delegado queria que o então ministro visitasse a “obra” da superintendência da PF no Estado.
“Não houve ‘determinação’ para atuação conjunta entre PF e PRF”, explicou a defesa. “A Marília apresentou o BI ao Anderson, que não o compartilhou com a PRF, nem com o superintendente.”
De acordo com a defesa, Torres “jamais interferiu nos planejamentos operacionais da PF e da PRF, que inclui blitzes ou abordagens”. Além disso, que a “única preocupação” do então ministro era “combater os crimes eleitorais, independentemente de candidatos ou partidos”.
Anderson Torres na prisão
O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos do 8 de janeiro. A defesa alega que Torres está com problemas de saúde e, por isso, pede que a prisão preventiva seja revertida em prisão domiciliar. Em 28 de abril, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, negou o regime aberto a Anderson Torres.
Os advogados do ex-ministro argumentaram que os requisitos para a prisão preventiva — que são a garantia da ordem pública e econômica, a conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal — não estão presentes.
Além disso, que o prazo previsto para a conclusão do inquérito, de 81 dias, no Código de Processo Penal, também já se esgotou.
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Vingança Fétida !
Se algo acontecer, já temos a quem culpar.
Se fosse um TRAFICANTE DO PCC estaria livre??? André do Rapy era um pessoa insuspeita ?. #StfDaVergonha #lulaNaCadeia
Na Alemanha nazista a Stasi e a Gestapo eram o braço do estado policial que prendia sem culpa formada e por tempo indeterminado. Não se tem notícia de que à época os advogados de defesa tenham obtido sucesso para seus clientes. Será que o país acordará antes que cheguemos ao ponto de não retorno? Será que já passamos desse ponto?
Estranho- investigar motivo de a PRF vistoriar veículos nas estradas. Todos os anos, inclusive nos de eleições, a imprensa noticia ações da PRF nas estradas, seja para evitar excessos de velocidade, seja para coibir os ‘bebuns’ de feriados, seja os caminhões “paus de arara” transportando pessoas e, eleitores também. Sempre assim foi. Se a operação investigada foi no Norte/Nordeste, claro que envolveria mais eleitores do petista do que do Bolsonaro. Evidente!!! Bem, como de costume, mais uma ação contra Bolsonaro . . .
É claro que a PF cumpriu seu papel. Principalmente no Nordeste é cultural os partidos e candidatos pagarem transporte e comida para eleitores de deslocarem de uma cidade até seu domicílio eleitoral. È uma baita perseguição do Moraes sabendo destes crimes eleitorais. E justamente onde o partido de Bolsonaro pedia investigações no transporte e na propagadan nas emissorias de rádio na Bahia o Moraes não aceitou a denúncia e ainda por cima tacou uma multa grande.
Bem lembrado!! A quantidade enorme de inserções de publicidade do Bolsonaro que foram, segundo as denúncias, surrupiadas……E, interessante, que NENHUM POSICIONAMENTO da ‘justiça’ a esse respeito…ou seja, não há respeito. . .