Nesse fim de semana, advogados de presos do 8 de janeiro e deputados de oposição participaram de um evento do Congresso Conservador Brasileiro, em Framinghan, cidade de Massachusetts.
Entre outros assuntos, os palestrantes trataram da prisão de manifestantes do 8 de janeiro e as condenações que chegam a 17 anos.
Presidente da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav), Gabriela Ritter contou a história de seu pai, Miguel, detido no interior do Palácio do Planalto, e citou as altas penas estabelecidas contra os réus. A Oeste, ela disse que foi “uma grande responsabilidade falar sobre os acontecimentos do 8 de janeiro e a ditadura que vivemos”.
“Acreditamos que esse trabalho, que esta começando através do deputado Chris Smith e de brasileiros que residem nos Estados Unidos (EUA), trará mudanças significativas no atual cenário de enfrentamento contra as violações de direito que estamos sofrendo”, observou.
Além de Gabriela e demais ativistas, compareceram o jornalista Allan dos Santos, a juíza aposentada Ludmila Lins Grilo e o deputado Major Vitor Hugo (PL-GO), autor de um dos projetos de lei que propõe anistiar envolvidos na manifestação.
O advogado Hélio Junior, que também participou do ato, disse que o evento se tornou uma oportunidade de denunciar as violações de direitos humanos no Brasil, sobretudo pelos EUA serem “um país de influência global”.
8 de janeiro foi tema de audiências nos Estados Unidos e Argentina
Há poucos meses, integrantes da Asfav estiveram no Congresso dos Estados Unidos, onde se encontraram com o representante republicano Chris Smith. O parlamentar recebeu um relatório com denúncias sobre a situação dos presos.
Semanas depois, membros da associação foram à Argentina para participar de uma audiência pública na Câmara dos Deputados daquele país. Na sessão, também discutiu-se abusos cometidos contra presos no protesto.
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Tem dedo de agências americanas corruptas no 8 de janeiro. Não é coincidência que tenha ocorrido o mesmo que no 6 de janeiro nos EUA.