O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, decidiu depor na CPMI do 8 de janeiro nesta segunda-feira, 26. Inicialmente, Naime apresentou um atestado alegando estar em depressão para não comparecer ao local, mas recuou.
Em sua declaração inicial, o coronel, que está há mais de quatro meses preso, disse que não sabia o motivo de sua detenção. “Decidi vir em respeito ao Congresso, que sempre defendi”, explicou.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que o coronel respondesse apenas às perguntas que não fossem incriminá-lo. Contudo, Naime se colocou à disposição para responder a todos os questionamentos feitos pelos parlamentares. Antes de chegar ao colegiado, Naime teve de passar pela junta médica do Senado.
Naime deve explicar os atos que ocorreram em 12 de dezembro — quando manifestantes tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) e depredaram os arredores do edifício. O ataque à sede da PF aconteceu depois que o indígena José Acácio Tserere Xavante foi preso.
O coronel Naime é investigado no inquérito que apura suposta omissão de autoridades diante dos atos de vandalismo de 8 de janeiro, em Brasília. Naime saiu de folga alguns dias antes dos ataques.
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