Por intermédio da Advocacia do Senado, a CPMI do 8 de janeiro informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que há indícios de que Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), teria participado de “fatos preparatórios” aos atos de depredação que aconteceram em Brasília.
O ofício é uma resposta à Suprema Corte que, na semana passada, a Suprema Corte deu 48 horas para o colegiado explicar o motivo da quebra de sigilo telefônico e bancário — aprovado pela maioria da CPMI. Na ocasião, a defesa contestou a quebra.
Na terça-feira 18, o colegiado encaminhou um ofício à Suprema Corte justificando o motivo da aprovação. Obtido por Oeste, o documento informa que a CPMI cogitou, até mesmo, pedir a prisão de Silvinei depois do depoimento que aconteceu em 20 de junho deste ano.
“Assim, não restou ao colegiado outra alternativa senão a apuração detalhada dos fatos levantados, o que somente se faria possível por intermédio da transferência dos sigilos”, diz o ofício.
A CPMI apura a conduta de Vasques no comando da corporação no 2° turno eleitoral de 2022, quando aconteceram diversas operações no Norte e no Nordeste.
A atuação de Vasques teria interferido no trajeto de eleitores do presidente Lula. O motivo seria o favorecimento da candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro à reeleição.
O Ministério Público Federal pediu a condenação de Vasques por improbidade administrativa e por violar os princípios da administração pública. A Justiça Federal no Rio de Janeiro aceitou a ação movida pela Procuradoria.
Durante seu depoimento na CPMI, Silvinei Vasques negou tal ato. Contudo, na ocasião, os parlamentares governistas acusaram o ex-diretor de mentir.
“O apoio e a complacência com a obstrução de rodovias é apenas um dos pontos de partida dessa rede — estruturada ou não –, que agiu em conluio para o ato final ocorrido no trágico 8 de janeiro”, informou a CPMI.
Com a palavra, a defesa de Silvinei Vasques
Ao STF, a defesa do ex-diretor da PRF argumentou que ele foi convocado para falar na condição de testemunha e que prestou todas as informações “necessárias” aos parlamentares.
“A aprovação da quebra de sigilo foi uma verdadeira violência à Constituição e à imagem e privacidade de Vasques”, informaram os advogados. “Ele não tem nenhuma relação com os atos de 8 de janeiro, razão pela qual sua convocação para depor foi ilegal, configurando até mesmo dispêndio injustificado do dinheiro público, além de quebra do princípio da eficiência.”
A Oeste, o advogado Eduardo Pedro Simão, que integra a defesa de Vasques, ressaltou que a CPMI “não comprovou os indícios” que ligam o ex-diretor da PRF aos atos do 8 de janeiro.
“As informações da CPMI registram a existência de indícios. Contudo, não basta alegar. Deveriam apresentar nos autos quais documentos refletem esses indícios. Não registraram porque não há”, disse.
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Indícios? Estamos vivendo o quê? Incompetentes.
*O PORÃO*
Não, definitivamente não… não queríamos passar por isso, adiamos o quanto foi possível, até demais, mas quando soa o relógio sagrado do tempo das coisas, não há muito o que fazer. Chegou a hora da *faxina no porão*.
Descendo as escadas, ao se abrir a porta e deixar o primeiro raio de luz entrar, é assustador ver tanta poeira, teias de aranha, ratos e baratas fazendo a festa.
“Luz começando a invadir a sombra”: é exatamente este momento nacional que estamos vivendo. Analisando desta perspectiva constatamos que não teria o menor cabimento a reeleição do Bolsonaro. Também não faria sentido aplicar o Art. 136 ou 142 da CF, para evitar o desastre que a passos largos se aproxima.
Obedecendo à inexorável e perfeita cronologia do Universo e da Vida, teríamos sim que passar por tudo isso e um pouco mais. Precisaríamos descer ao porão da pátria amada, para que *TODOS* constatassem com seus próprios olhos a absoluta sujeira entranhada na turma que está, com afinco e rapidez, se esforçando para destruir a nossa nação.
É óbvio demais, mas todos, como São Tomé, precisaríamos *ver* (incapacidade, corrupção, conchavos, escárnio, censura e abuso) *para crer* que bandidos e criminosos não se regeneram com o passar do tempo, apenas ficam mais velhos… e mais nocivos.
Do ponto de vista de um processo de limpeza, tudo o que está ocorrendo de trágico está absolutamente correto. Provavelmente a imundície terá que ficar ainda mais visível e deverá produzir mais alergias, incômodos, doenças ou até óbitos.
*P.:* Quanto tempo levará essa bagunça?
*R.:* O tempo necessário para a maioria do povo entender que, de bandidos, só podemos esperar mentiras, crimes, roubos e assassinatos.
A visão do porão imundo e pestilento não poderia ficar restrita a alguns. Para evitar controvérsias, para atenuar a discórdia que tem separado familiares, amigos e irmãos, para que o povo possa alcançar a paz, seria imperioso acontecer o que está acontecendo, a sujeira precisaria ser esfregada na cara de *TODOS*.
Por ora, rendamos graças a *DEUS* que, no comando de todas as coisas, está proporcionando ao povo brasileiro a oportunidade abençoada de olhar a verdade nua e crua. É impossível começar uma faxina sem que primeiramente tenhamos a exata noção do que precisa ser limpo.
Desconheço a autoria.
“Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”.
Segundo as legendas, dos 513 deputados que estão na Câmara, apenas 28 se elegeram com os próprios votos. Os demais se beneficiaram com os votos dos puxadores de seus partidos ou federações.