A votação do novo arcabouço fiscal Câmara dos Deputados fica para a próxima semana. A informação foi confirmada, nesta terça-feira, 15, pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Inicialmente, a matéria deveria ser analisada nesta semana. Lira havia marcado uma reunião com os líderes da Câmara. O encontro estava previsto para acontecer na noite da segunda-feira 14.
O presidente da Câmara tinha convidado o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para participar da reunião para defender a proposta do governo aprovada pelo Senado. O texto retornou à Casa Baixa depois de algumas alterações. Após passar pela Câmara, o arcabouço fiscal segue para a sanção presidencial.
Contudo, um desentendimento entre o ministro e Lira fez o deputado alagoano cancelar a reunião. Em entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo, Haddad disse que os deputados “têm muito poder” e que não poderiam usar isso para fazer o poder Executivo “se humilhar”.
“A Câmara está com um poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”, declarou Haddad na entrevista publicada ontem. “De fato, está com um poder que nunca vi na vida, passei nove anos em Brasília, nunca vi nada parecido. Então peço que tem que haver uma moderação aí, que tem que ser construída, ainda não está às mil maravilhas.”
Interlocutores ouvidos pela coluna afirmaram que Lira recebeu “muito mal” as falas do ministro — que era um dos poucos elogiados pelo presidente da Câmara nos bastidores. Lira “não acreditou” quando soube da declaração e pediu uma confirmação.
Conforme apurou Oeste, Haddad ligou para Lira na noite de ontem, se desculpando pela declaração. O líder do centrão então pediu que a retratação acontecesse em público, a jornalistas.
Haddad então realizou uma coletiva de imprensa e tentou justificar suas falas na entrevista. De acordo com o ministro, ele estava apenas “fazendo uma reflexão sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão que existia nos dois primeiros mandatos de Lula”.
O ato de Lira afetou diretamente a agenda do governo petista, que tentava dar celeridade a aprovação do arcabouço fiscal. O intuito do presidente da Câmara foi “responder politicamente” às declarações do ministro.
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