A diretora da ONG Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Ritaumaria Pereira, admitiu, nesta terça-feira, 19, que o Imazon não conseguiu reduzir a miserabilidade dos indígenas.
O Imazon existe desde 1990. Do Fundo Amazônia, criado em 2008 e abastecido majoritariamente com dinheiro estrangeiro, nos últimos anos, a ONG recebeu R$ 40 milhões para desenvolver projetos na região.
Relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) obtidos por Oeste mostram que a ONG é citada como “a serviço dos Estados Unidos”, sobretudo por ser financiada por instituições governamentais e privadas daquele país.
Entre outras atribuições, o Imazon mapeia, via satélite, a floresta Amazônica e elabora “pesquisas” sobre o bioma. Nos documentos da Abin, há a observação segundo a qual aquele governo discorda de obras de infraestrutura do governo federal na Amazônia, como usinas hidrelétricas e rodovias.
ONG da Amazônia pagou quase R$ 700 mil por curso de três dias
O Imazon pagou R$ 700 mil em um curso de três dias voltado a capacitar 152 técnicos. É o que informou o senador Plínio Valério, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o terceiro setor na floresta.
De acordo com Valério, o valor faz parte de um montante ainda maior, de um contrato de R$ 1,6 milhão, com duração entre 2016 e 2022, voltado a capacitar esses profissionais que atuarão na floresta. Em linhas gerais, foram R$ 10,5 mil destinados para cada profissional.
Ritaumaria teve dificuldades para responder às perguntas de Valério sobre o curso. Conforme o parlamentar, há iniciativas semelhantes no Estado que custam bem menos que o curso oferecido pelo Imazon.
Leia também: “Condenados à morte”, reportagem publicada na Edição 181 da Revista Oeste
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].