Durante sua participação na CPI do MST, o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, disse que os 14 mortos em confrontos com forças de segurança no Guarujá, litoral sul do Estado, não foram torturados.
“Isso não passa de narrativa”, disse Derrite nesta quarta-feira, 2. “Todos os exames do Instituto Médico Legal (IML) não apontam nenhum sinal de violência, muito menos de tortura. O que existe, pela primeira vez no Estado de SP, é um governador [Tarcísio de Freitas] que tem coragem de enfrentar o crime organizado.”
Na ocasião, o secretário respondia a um questionamento da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP). A parlamentar tratou como “chacina” a operação da Polícia Militar de São Paulo. A ação foi executada para capturar os suspeitos do assassinato do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, na noite de quinta-feira 27.
“Achei que a senhora, como mulher, iria defender a policial que tomou sete tiros do crime organizado”, continuou Derrite. “Ela sofreu disparos de fuzil por quatro indivíduos do crime, mas está bem. Passou por procedimento cirúrgico. O soldado Ariel também passa bem.”
Outras dez pessoas foram presas, incluindo o homem apontado como autor dos disparos, identificado como David da Silva.
O site G1 teve acesso aos boletins de ocorrência (BOs) registrados pela própria polícia, que identificou sete pessoas que morreram em confrontos com a corporação, desde o início da operação, na sexta-feira 28. Os sete tinham registros criminais. Neste link, o leitor pode conferir quem são os mortos.
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