Durante uma audiência no Congresso dos Estados Unidos, realizada na terça-feira 5, os presidentes das três principais universidades norte-americanas se negaram a reconhecer que as manifestações antissemitas observadas em seu campi contrariam os princípios das instituições de ensino.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra alguns trechos da audiência, nos quais parlamentares republicanos interpelam Claudine Gay, da Universidade Harvard; Sally Kornbluth, do Massachusetts Institute of Technology (MIT); e Liz Magill, da Universidade da Pensilvânia.
Leia também: “O veneno antissemita”, artigo de J. R. Guzzo publicado na Edição 187 da Revista Oeste
Ao ser indagada pela deputada Elise Stefanik, de Nova York, se “apelar ao genocídio dos judeus” seria contra os códigos de conduta da Universidade da Pensilvânia, Liz disse o seguinte: “É uma decisão que depende do contexto”. Ao ouvir a resposta, a parlamentar replicou. “Apelar ao genocídio dos judeus depende do contexto? Isso não é bullying nem assédio? Essa é a pergunta mais fácil de responder ‘sim’, Sra. Magill.”
A mesma pergunta foi direcionada a Claudine. “Quando o discurso se cruza com a conduta, agimos”, respondeu a presidente da Universidade Harvard, ao sugerir que nenhuma punição seria imposta àqueles que fizessem declarações antissemitas.
Na mesma linha dos colegas, a presidente do MIT disse que eventual manifestação contrária à existência dos judeus só seria “investigada como assédio se fosse generalizada e severa”.
Universidades dos EUA admitem escalada do antissemitismo
A resposta do trio chamou atenção dos parlamentares, porque Claudine, Sally e Liz reconhecem as manifestações antissemitas em seu campi e admitem que essas práticas se acentuaram desde os recentes ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro. Pelo menos 1,4 mil israelenses morreram.
“Sei que alguns estudantes israelenses e judeus se sentem inseguros no campus”, constatou Sally. “Ao suportarem o horror dos ataques do Hamas e a história do antissemitismo, esses estudantes foram angustiados em manifestações recentes.”
Leia mais: “Não tenho outro país além de Israel”, relato de Andrea Samuels publicado na Edição 189 da Revista Oeste
A audiência no Congresso dos Estados Unidos, que durou mais de cinco horas, ocorre em meio à alta de manifestações antissemitas nas universidades. Vídeos que circulam nas redes sociais desde o início dos ataques de terroristas mostram professores e estudantes pró-Palestina liderando protestos contra Israel.
Na mesma terça-feira 5, os parlamentares aprovaram uma resolução dos republicanos que equipara o antissemitismo (ódio aos judeus) ao antissionismo (ódio ao Estado de Israel). Esse movimento em defesa dos israelenses se tornou importante desde a ofensiva do Hamas, visto que intelectuais e universitários pró-Palestina justificaram seus protestos com o argumento de que suas críticas seriam direcionadas ao Estado de Israel, e não à população judaica.
É permitido clamar pela jihad
Ainda na audiência, Liz se negou a dizer que os protestos favoráveis à revolução islâmica global contrariam o código de conduta da Universidade da Pensilvânia. Durante a Segunda Intifada, há duas décadas, ataques terroristas de palestinos mataram aproximadamente mil judeus.
“Acho que os cânticos que apelam à intifada e à revolução global são muito perturbadores”, disse Liz, depois de negar que essas manifestações seriam reprimidas. “Acredito que, no mínimo, esse é um discurso de ódio, que foi e deve ser condenado. O incitamento à violência é uma categoria muito restrita.”
Leia mais: “Adolf Hitler ficaria orgulhoso”, artigo de Dagomir Marquezi publicado na Edição 190 da Revista Oeste
Claudine, da Universidade Harvard, seguiu o mesmo discurso e tergiversou sobre eventuais punições àqueles que fizerem cânticos favoráveis às intifadas. “Esse tipo de discurso odioso, imprudente e ofensivo é pessoalmente abominável para mim”, afirmou, para logo na sequência dizer que essas práticas seriam punidas apenas se cruzassem “com uma conduta que viola as nossas políticas, incluindo políticas contra bullying, assédio ou intimidação”.
Financiadores de universidades criticam manifestações antissemitas
Em razão da escalada antissemita em Harvard, os doadores da instituição de ensino repudiaram a inépcia de seus reitores, professores e universitários. O judeu Bill Ackman, por exemplo, investidor bilionário e ex-aluno de Harvard, é um dos que se manifestaram contra a universidade.
Atualmente, Harvard é alvo de uma investigação sobre antissemitismo. A polícia norte-americana apura o caso em que uma estudante israelense sofreu ataques em um protesto favorável à Palestina, no campus, no mesmo dia dos atentados terroristas do Hamas.
Já a Universidade da Pensilvânia está sob investigação do Departamento de Educação dos Estados Unidos, em virtude da realização de um festival de literatura palestina dentro de suas dependências.
Brasil também é palco de manifestação contra os judeus
Em 10 de outubro, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) publicou um posicionamento nas redes sociais. “Nota em solidariedade ao povo palestino e aos civis vitimados pela guerra”, dizia o título.
+ Leia mais notícias do Mundo em Oeste
No texto, o grupo alega que Israel, “apoiado por Bolsonaro”, promove “assassinatos, prisões, invasões de casas, roubos de terra e outros crimes dos direitos humanos” contra os palestinos. Naquele dia, já havia a confirmação de mais de mil mortos em Israel.
Esse apoio não surgiu agora. Em 2021, quando deputados de esquerda assinaram, ao lado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), um manifesto a favor do Hamas, a comunidade acadêmica não ficou de fora. A lista de apoiadores incluiu o Grupo de Estudos Retóricas do Poder e Resistências (Gerpol), da Universidade de Brasília (UnB); uma professora de antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); um professor da Universidade Estadual do Ceará; e um professor do departamento de economia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
Outros foram além e manifestaram seu antissemitismo de modo direto. É o caso de Fernanda de Melo, bacharel em relações internacionais e pós-graduanda em gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo (USP).
Palestrante na aula pública “A questão da Palestina” na USP, Fernanda comemorou o assassinato de Bruna Valeanu, de 24 anos, em Israel. “Foi tarde”, disse, sobre a jovem brasileira-isralense, no Twitter/X. Em entrevista à revista Fórum, dois dias depois da invasão do Hamas, Fernanda acusou Israel de fazer apartheid contra a população de Gaza.
O cientista político Heni Ozi Cukier, ex-deputado estadual conhecido como HOC, conta que a posição anti-Israel da esquerda universitária tem suas raízes no marxismo. Ele, que também é judeu, explica que a ideia de combater o “imperialismo” norte-americano também contribui para isso, já que os Estados Unidos são aliados de Israel.
Leia também: “A perseverança do povo judeu”, artigo de Ana Paula Henkel publicado na Edição 189 da Revista Oeste
HOC argumenta que Israel é um país distinto dos vizinhos do Oriente Médio. “Do ponto de vista econômico, democrático e político”, observou, ao lembrar que os israelenses adotam o capitalismo de livre mercado, a liberdade de expressão e a tolerância de ideias. Esse conjunto de valores é incomum nos países árabes.
“Outra explicação é puro ódio e antissemitismo, o racismo contra judeus”, acrescenta HOC. “A combinação entre o preconceito e a ideia de ‘opressor’ constrói a narrativa de que os israelenses não precisam ser ajudados, não merecem empatia nem consideração.”
HOC afirma que os movimentos de esquerda subjugam os judeus, embora digam defender as minorias. “Como é que existe um preconceito contra uma minoria?”, perguntou. “Que os judeus claramente são, isso é incontestável — pelo tamanho da população judaica espalhada pelo mundo e pelo Estado de Israel, que é muito pequeno. Mas uma minoria que a ideologia da esquerda conseguiu classificar como forte, poderosa e opressora de maiorias inteiras.”
A coluna No Ponto analisa e traz informações diárias sobre tudo o que acontece nos bastidores do poder no Brasil e que podem influenciar nos rumos da política e da economia. Para envio de sugestões de pautas e reportagens, entre em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].
O que esperar desses que não conhecem absolutamente nada da historia? Que não sabem definir terrorismo? Imaginar que os estudantes das universidades brasileiras coloquem no mesmo balaio o ex presidiário Bolsonaro é de uma total falta de conhecimento. Me pergunto que tipo de profissional nossas universidades estão preparando? Assim cada vez mais tenho clareza de que vivo no país do faz de contas que é sério!
Há um historiador canadense chamado Charles Small, que fala sobre o motivo dessas universidades nos EUA estarem omissos às manifestações antissemita nos campus; é a injeção de bilhões de dólares ao ano pelo Catar para justamente fomentar o antissemitismo. O movimento começou a vir a tona através do historiador Edward Said, da Univ de Columbia/EUA que diz ser o último palestino intelectual, o que o Olavo desmente, dizendo que não passa de ser um imitador do René Guenon. O Charles Small cita sobre a influência do BLM que tem na sua liderança, um grupo muçulmano radical. A Ana Paula poderia trazer estas pautas aqui.
A esquerda global se despiu de pudores e escancara seu antissemitismo. Na ridícula tentativa de justificar suas posições de apoio ao terrorismo criam narrativas que colocam o estado judeu como invasor e colonizador, narrativas essas que não se sustentam em fatos.
Infelizmente muitas universidades viram “fábricas” de militantes marxistas, os quais são iniciados nesse processo desde o ensino fundamental por meio de militantes disfarçados de professores.
Mulheres em cargos de chefia têm sido uma decepçáo. Para que fomos deixar nossos lares e concorrer no mercado de trabslho? Seculo XXI é o século da decadencia moral, cultural e científica e atribuo grande parcela da culpa a nós mulheres. Esse maldito vitimismo que.força a colocar incompetentes em cargos que não.deveriam como se fosse um sistema de cotas velado. A Disney atual é o reflexo disso. São as ” empoderadas” que não têm merito.
Realmente o trabalho da esquerda brasileira de idiotização dos jovens universitários foi eficiente.
Por isso digo que a esquerdopatia é uma doença que atinge o sistema nervoso central dos carentes de neurônios e desprovidos de caráter. É um mal que tem que ser combatido.
Concordo plenamente com sua colocação! Aliás vou além o sistema de ensino no “País do faz de contas” do ensino fundamental à universidade emburrece os estudantes!
A grande maioria dos nossos universitários foram idiotizados pela ultra esquerda.