Estamos em 2023 e parece que esquecemos a história. O mundo, mais uma vez, adoeceu gravemente.
A história da perseguição judaica é longa e trágica, com numerosos casos de discriminação, violência, expulsões e barbárie. Desde o Antigo Egito, quando a escravização dos israelitas se tornou um exemplo conhecido da antiga intolerância aos judeus; passando pelo período da Roma Antiga, quando os judeus enfrentaram várias formas de preconceitos e expulsão do Império Romano; atravessando a Inquisição Espanhola, com conversões forçadas ao Cristianismo; e, claro, o horror do Holocausto, com o genocídio sistemático de 6 milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial — um dos eventos mais cruéis da história judaica e da humanidade. A discriminação dos judeus também passa pela União Soviética, antes e depois da Segunda Guerra Mundial, quando os judeus enfrentaram políticas antissemitas que incluíam restrições às práticas religiosas e proibição de frequentar determinados lugares. E essas são apenas algumas páginas de uma longa história de agressões, dor, morte e superação.
No Antigo Egito, de acordo com o relato bíblico no livro do Êxodo, os judeus foram escravizados pelo Faraó e submetidos a trabalhos forçados na construção de muitas estruturas, como, por exemplo, as Pirâmides. A exatidão histórica da narrativa bíblica é debatida, mas há evidências de povos semitas vivendo no Egito durante esse período, e alguns testemunharam a servidão. Mesmo que a extensão da escravatura seja centro de debates, há poucas dúvidas de que os judeus, como minoria, teriam enfrentado discriminação e marginalização na antiga sociedade egípcia, uma vez que eram vistos como “estranhos”.
Durante o Império Romano, os judeus enfrentaram várias formas de perseguição, incluindo conversões forçadas a deuses romanos e práticas religiosas. Além de as autoridades usarem esses métodos para controlar a população judaica, os romanos destruíram o Segundo Templo em Jerusalém durante a Primeira Guerra Judaico-Romana. O acontecimento foi um golpe significativo para a vida religiosa e cultural e levou à dispersão dos judeus por todo o Império Romano, obrigando-os a deixar sua terra natal e a estabelecer-se em diferentes regiões, o que lançou as bases para a diáspora judaica.
Durante a Inquisição Espanhola, que começou no final do século 15 e se estendeu até o século 18, os judeus sofreram significativamente na Espanha e, mais tarde, nos territórios portugueses. A Inquisição foi, principalmente, uma ferramenta das autoridades religiosas e políticas para impor a ortodoxia religiosa, com graves consequências para qualquer pessoa considerada uma ameaça ao catolicismo, incluindo muitos judeus.
Foi o papa João Paulo II, cujo papado durou de 1978 a 2005, que liderou um papel significativo na melhoria das relações entre a Igreja Católica e a comunidade judaica. Seus esforços culminaram num histórico pedido de desculpas aos judeus — a principal razão foi admitir os maus-tratos aos judeus por parte da Igreja e promover a reconciliação e o diálogo entre as duas comunidades de fé. Através do reconhecimento de erros passados, o papa promoveu ações como a declaração “Nostra Aetate” (“Em Nosso Tempo”), documento que repudiou o antissemitismo e enfatizou a necessidade de aproximar as relações entre católicos e judeus.
Em 26 de março de 2000, durante a sua visita a Israel, o papa João Paulo II visitou o Muro das Lamentações em Jerusalém, um dos locais mais sagrados do judaísmo, e, num gesto simbólico de reconciliação, colocou um bilhete no Muro contendo uma oração de perdão e congraçamento, expressando remorso pelos erros na história e pelos sofrimentos suportados pelo povo judeu.
Antes de se tornar papa e escolher o nome João Paulo II, o padre Karol Wojtyła, ainda na Polônia, viu muitos de seus amigos judeus serem perseguidos e mortos pelos nazistas e, depois, pelos comunistas. Diante do testemunho ocular da barbárie, seu papado marcou um ponto de virada nas relações católico-judaicas e lançou as bases para o diálogo e a cooperação contínuos nos anos que se seguiram.
O Holocausto, perpetrado pela Alemanha liderada por Adolf Hitler, mostrou ao mundo um dos eventos mais hediondos de genocídio e antissemitismo da história. A perseguição e o assassinato em massa, patrocinados pelo Estado, de aproximadamente 6 milhões de judeus, juntamente com milhões de outros, incluindo os ciganos, indivíduos com deficiência e dissidentes políticos, escancaravam a genética nazista: a ideia do estabelecimento extremo da supremacia ariana, com os judeus e outros grupos “indesejáveis” vistos como inimigos a serem eliminados. Não é difícil enxergar que o mesmo abominável pensamento foi escancarado em pleno ano de 2023.
Mesmo antes do início do massacre em massa nos anos 1940, os nazistas implementaram uma série de leis e políticas antissemitas, incluindo as Leis de Nuremberg, que restringiam os direitos e liberdades dos judeus. Essas leis excluíam os judeus da vida pública, confiscavam suas propriedades e limitavam a sua capacidade de trabalhar e casar com não judeus. Nos territórios ocupados pelos nazistas, judeus eram frequentemente forçados a permanecer em guetos superlotados e segregados, que eram caracterizados por condições de vida deploráveis, acesso limitado a alimentos e falta de saneamento básico. Os lugares serviam como áreas de detenção temporária antes da deportação para campos de concentração ou extermínio.
Nesses infernos na Terra, os prisioneiros eram obrigados a realizar trabalhos forçados em condições subumanas. Os campos de extermínio mais notórios, como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, foram concebidos para o assassinato em massa de judeus, onde as vítimas foram sistematicamente dizimadas através de métodos como câmaras de gás, fuzilamentos em massa e cremação em escala industrial. Aqueles que não eram escolhidos para a morte eram enviados para os médicos nazistas para que experiências horríveis, muitas vezes letais, fossem conduzidas em seus corpos.
O Holocausto chegou ao fim com a libertação dos campos de horror pelas Forças Aliadas em 1945, mas os sobreviventes enfrentaram imensos traumas físicos e psicológicos, além do desafio de reconstruir suas vidas. Após a Segunda Guerra Mundial, os altos funcionários nazistas foram julgados por crimes contra a humanidade nos Julgamentos de Nuremberg, que estabeleceram precedentes legais para processar indivíduos por genocídio e crimes contra a humanidade.
O antissemitismo sob o regime soviético
Há páginas de pura barbárie contra os judeus também na União Soviética, onde o fenômeno foi complexo e multifacetado, influenciado por uma combinação de fatores políticos, ideológicos e sociais. O governo soviético, tanto sob Lenin como sob Stalin, implementou políticas que resultaram no sofrimento da população judaica, apesar da retórica oficial de igualdade e não discriminação. Sob o regime soviético, o antissemitismo persistiu, e os judeus enfrentaram discriminação em vários aspectos da vida, incluindo educação, emprego e interações sociais. Muitas vezes estavam sujeitos a estereótipos e preconceitos.
Durante a Guerra Civil Russa (1917-1923), os judeus foram apanhados no fogo cruzado entre o Exército Vermelho, o Exército Branco e várias forças nacionalistas. Os pogroms (violência antijudaica organizada) foram realizados por diferentes facções, resultando na morte e na migração e fuga de muitos judeus da região. O governo soviético também estabeleceu a Yevsektsiya, uma seção do Partido Comunista que visava a eliminar as práticas culturais e religiosas judaicas. Escolas, publicações e instituições culturais foram suprimidas ou cooptadas pelo Estado.
O regime soviético firmava a eliminação de uma identidade judaica distinta, promovendo, em vez disso, a ideia de um “cidadão soviético”. Os judeus foram forçados a assimilar as bases da sociedade soviética mais ampla, adotando a língua e a cultura russas, por vezes à custa de sua herança judaica.
Durante o Grande Expurgo de Stalin, na década de 1930, os judeus, tal como outros grupos minoritários, foram alvos desproporcionais. Muitos intelectuais, artistas e figuras políticas judaicas foram detidos, executados ou encarcerados, acusados de atividades antissoviéticas ou de “cosmopolitismo”, termo usado para sugerir que os indivíduos eram mais leais às influências culturais e políticas internacionais ou ocidentais (muitas vezes vistas como burguesas) do que à ideologia e aos valores soviéticos.
A barbárie de 7 de outubro deixou um rastro de sangue de inocentes em solo israelense, e estampou a verdadeira face demoníaca dos novos nazistas
Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética experimentou um ressurgimento do sentimento antijudaico. A campanha “anticosmopolita” do final da década de 1940 teve como alvo, mais uma vez, intelectuais, escritores e artistas judeus, acusando-os de deslealdade ao Estado. Os denunciados foram submetidos a humilhação pública, perda de emprego, prisão e até execução. A campanha teve um impacto significativo na comunidade judaica na União Soviética e foi logo seguida pela “Conspiração do Médico”, no início da década de 1950, que também tinha como alvo os médicos judeus, contribuindo ainda mais para a atmosfera de medo e perseguição. Hoje, o termo “anticosmopolita” é reconhecido como um eufemismo para expurgos antissemitas, uma vez que os judeus foram desproporcionalmente afetados por essas acusações.
Entre as décadas de 1960 e 1980, muitos judeus que queriam emigrar da União Soviética enfrentaram mais obstáculos e discriminação. Eles eram frequentemente rotulados de “refuseniks” e sujeitos a diversas formas de perseguições. O covarde antissemitismo não se limitou à Rússia e se expandiu para várias repúblicas soviéticas. Os judeus na Ucrânia, Bielorrússia e outras áreas do leste Europeu sofreram imensa hostilidade. A queda do Muro de Berlim, em 1989, e o colapso da União Soviética, em 1991, trouxeram certo alívio para os judeus da região, permitindo o aumento da emigração e o renascimento da vida cultural judaica. No entanto, hoje podemos ser assertivos de que o ódio a Israel e seu povo continua mais de pé do que nunca.
O que aconteceu em 7 de outubro desnudou todo o ódio e antissemitismo incubado na esquerda mundial, na imprensa, em políticos pelo mundo e em milhares de desmiolados nas universidades norte-americanas. O que aconteceu em 7 de outubro desmascarou a intolerância daqueles que estão há anos nos chamando de intolerantes. A barbárie de 7 de outubro deixou um rastro de sangue de inocentes em solo israelense, e estampou a verdadeira face demoníaca dos novos nazistas.
Há páginas e páginas na história que mostram a violência sofrida pelo povo judeu no mundo. Dentre tantas fotos, relatos e memórias, talvez o Holocausto continue sendo a lembrança mais angustiante da profundidade da crueldade humana e dos perigos do fanatismo desenfreado. Pelo menos deveria ser! Na hedionda lista com nomes como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, agora temos que acrescentar Be’eri, Kfar Azza e Siderot. O 7 de outubro jamais será o mesmo.
Estamos em 2023 e parece que esquecemos a história. O mundo, mais uma vez, adoeceu gravemente.
Mas, mesmo diante de páginas tão cruéis ao longo de tantos anos de perseguição, o povo judeu mostra que sofreu, mas que foi exemplo: lutou, venceu e reconstruiu a vida estabelecida no exemplo de uma fé inabalável. Tenho certeza de que não será diferente desta vez.
Shalom!
Leia também “Amor e respeito para tempos doentios”
Parabéns pelo artigo, a boa informação e conhecimento é que faz pessoas livres.
Belo artigo recapitulando todas agruras vividas pelo povo judeu. Nossa existência e perpetuação enquanto povo deve-se à resiliência e vontade de deixar um mundo melhor para nossos filhos. Parabéns pelo texto, Ana Paula. Shalom aleinu!
Parabéns Ana Paula pela escrita e desencadear do pensamento.
Homero
Desculpe Ana, mas estou assistindo Oeste Sem Filtro, dia 09. Hoje um vereador de uma didade vizinha disse pra mim que estava a fim de fazer um requerimento da CV, mas ficou com medo de morrer. Ele disse que seria bom instigar os vereadores pró governo federal a responder uma pergunta: – se os terroristas fizerem um ato aqui no Rio Grande do Sul matando civis, descendentes de imigrantes italianos e alemães, eles, – os vreadores – continuariam apoiando terroristas?
Ana, craque no vôlei e nos artigos jornalísticos.
Uma aula de história para aqueles que abandonaram o mundo civilizado.
Brancos, negros, judeus, árabes, asiáticos, homossexuais, somos todos humanos e precisamos urgentemente reaprender a conviver em uma sociedade mais humana e igualitária.
É gratificante ler esse belíssimo artigo da Ana Paula. Pois bem, melhor seria que nossas autoridades tomassem conhecimento e quem sabe aprendesse um pouco da História. A Revista Oeste é, sem dúvidas, hoje o veículo que mais respeita seus leitores e ouvintes do Programa Oeste Sem Filtro. Parabéns aos Colunistas todos ótimos e corajosos. Raimundo Hermes Barbosa. Presidente da FADESPBRASIL.
Cumprimentos admirável Ana Paula!
D’us a abençoe ⚘
Parabéns Ana Paula! Você é um exemplo de dignidade frente a uma imprensa( jornalistas) hipócritas e antissemitas.
Querida Ana Paula,
Gostaria de informar-lhe que a pessoa que criou a Embrapa e buscou caminhos junto ao Banco Mundial para enviar estudantes para diversos países foi Eliseu de Andrade Alves. Ele estudou no Instituto Gammon como você. Fez o mestrado e o PHD na Universidade de Purdue em Indiana. Bjos. Sua admiradora, Eloísa
Ana Paula, sou teu fã desde os bons tempos do Voleyball. Atualmente como jornalista e comentarista, acabei me declinando aos seus lúcidos comentários. Não tiro a razão do povo Judeu de se defender, pois acredito que dar a outra face, não é se submeter. Foi nos concedido utilizarmo-nos de um instrumento físico, portanto somos responsáveis pelo mesmo e deveremos entregá-lo da melhor forma possível, utilizado. Entretanto, quando você cita a história do sofrimento do povo Judeu, esqueceu de relatar que o povo judeu também foi perseguidor. Sempre houve na história da humanidade perseguidores e perseguidos, dominadores e dominados. A barbárie sempre existiu, devido a insanidade de alguns. Jesus, por exemplo, foi perseguido pelos judeus, que escolheram libertar um bandido, mau feitor, como Barrabás, e crucificar o Salvador, o Messias. Não somente Ele, mas Paulo de Tarso tbm o foi. A questão, a meu ver, não é esta, mas sim a falta de humanidade que está em pauta. Jesus solicitou trocar o “olho por olho” pelo amai-vos uns aos outros, como irmãos que somos, no entanto, nunca houve um pequeno período de Paz na humanidade; estamos sempre nos guerreando.
Am Israel Chai
Nunca vi um povo tão perseguido e discriminado como os judeus.Mas devo dizer que saiu vitorioso de todas as injustiças sofridas,é um exemplo de esforço,de perseverança e dignidade.Observei desde o início que sofreu ao ataque do terror pelo Hamas em toda a mídia de esquerda uma tendência de colocar Israel como “causador”de tanto ódio. Simplesmente não suportei assistir a mentiras e narrativas políticas de cabeças que sofreram uma amnésia seletiva histórica. O mundo nos mostra passeatas a favor do terror,mas muito bem vestidos e confortáveis em países que os acolheram. É fácil fazer manifestação na Inglaterra,na França, nos EUA e até na Alemanha. Esperem por sua vez Europa e aos que clamam pela “guerra santa”,acredito que não sabem seu significado(extermínio de judeus e cristãos ).Os terroristas estão brincando em seus quintais.
É necessário usar com mais frequência o termo Stalinismo para justificar o ódio visceral contra a população judaica e o antissemitismo. Chega de culpar essa perseguição apenas ao Nazi-facismo!.
Sempre emocionante e inteligente, capatã
Ana Paula, mais um texto com integridade, realidade e fatos.
São pontos da história que envergonham a raça humana e expoem o radicalismo abejto e inaceitável.
Não podemos esquecer o passado, e assim, evitar que novos erros aconteçam novamente.
Grato por seu texto, seu carinho e acima de tudo, himanidade nas suas palavras.
Obrigada, Ana Paula, pela aula de história do crescimento da intolerância mundial. Espero que consigamos dar um basta nisso.
A esquerdopatia é realmente uma doença mental, pois não há uma explicação para o fato de termos um Judeu que sobreviveu um dos campos de concentração Nazista, apoiando a causa Palestina. Isso é o que esta fazendo o notório Judeu Bilionário mais conhecido por George Sorous.
A vascilação de Israel no dia 8 de Outubro que permitiu a incursão de Hamas em seu território, e causou toda a barbárie vista pelo mundo, se deu pelo fato dos esquerdopatas Israelenses terem causado um tumulto no país onde sua suprema corte tentou ganhar poderes ditatoriais como aconteceu com o nosso STF aqui no Brasil.
Portanto toda essa tragédia ao redor do mundo esta sendo causada por esquerdopatas comunistas que querem escravizar o mundo moral e civilizado, tornando a todos servos de um regime.
Reza a lenda que ele não sofreu nas mãos dos nazistas. Dizem que ele fez fortuna nessa época. Não sei. Há quem diga que é mentira, mas muitos dizem que é verdade.
Concordo plenamente com o seu ultimo parágrafo: o povo judeu “lutou, venceu e reconstruiu a vida estabelecida no exemplo de uma fé inabalável. Tenho certeza de que não será difente dessa vez”. Se desde a Antiguidade os judeus sofreram e foram perseguidos pelas potências do momento, e apesar de tudo sobreviveram incólumes, em termos de cultura, religião e idioma, não será esse bando de lunáticos terroristas desalmados que conseguirão o seu intento. Viva o povo de Israel! Vida longa para o seu país!
Querida Ana. Eu queria conversar contigo numa mesa rodeada de amigos, mas a distância é grande. Teu artigo é muito bom Até gostaria de escrever uma coluna especialmente pra ti. Deixo para outra oportunidade. O núcleo central é que a ponta do iceberg (não do buraco negro) está aí nos EUA. Quando o mundo viu que a maior potência global tem um presidente e um governo fraco e até ridículo, as forças do mal se encorajaram. Quando existe respeito ao poder dos EUA não só do ponto de vista econômico e militar, mas através de irradioações de democracia e liberdade, muita gente se cala e fica mais recatada. VEndo a fraqueza molucular do Estado Norte-americano a coragem em estabelecer protestos e manifestações que esavam adormecidas voltam com mais força. Se fosse Trump, teríamos a guerra na Ucrânia? SE Trump estivesse na presidência e instalando a embaixada em \Jerusalém (com o Brasil) esta revolta dos terroristas contra os judeus aconteceriam neste nível local e mundial? Afinal, com Biden, o holocausto se torna uma mentira e uma ficção para muita gente e que o inimigo mesmo são judeus ou qualquer outro que enfrente a esquerda mundial.
Excelentes observações, sr. Alves. Concordo plenamente.
Concordo.
Em tempos sombrios, ler artigos como esse nos traz sensatez, força e esperança! Judeus do mundo inteiro estão estarrecidos com as atrocidades ocorridas em Israel e os inúmeros casos de antissemitismo pelo mundo!
Revista Oeste e Ana Paula, mais uma vez se posicionando do lado certo da história.
Jamais nos calaremos!!!
É correto destacar o papel de João Paulo II no aperfeiçoamento das atitudes da Igreja Católica em relação ao povo judeu, mas também é justo lembrar que ele não foi o primeiro papa a atuar nessa direção. Evidência disso é, por exemplo, a serena resistência às perseguições nazistas do tão caluniado Pio XII, que na verdade ajudou a salvar da morte certa milhares de judeus, como reconheceram à época personalidades como Albert Einstein e o rabino-chefe de Roma. Ou as iniciativas altamente simbólicas de João XXIII, que removeu das orações da Semana Santa a referência aos “pérfidos judeus”, e, ao receber uma delegação judaica no Vaticano, se levantou do trono papal, abriu os braços e os saudou dizendo: “eu sou José, vosso irmão”, numa emocionante referência ao episódio do Velho Testamento em que o filho de Jacó reencontra e se reconcilia com seus irmãos.