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Oficial das FDI saudando a bandeira israelense | Foto: Shutterstock
Edição 189

A perseverança de um povo

O que aconteceu em 7 de outubro desnudou todo o ódio e antissemitismo incubados na esquerda mundial, na imprensa, em políticos pelo mundo e em milhares de outros desmiolados

Ana Paula Henkel
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Estamos em 2023 e parece que esquecemos a história. O mundo, mais uma vez, adoeceu gravemente.

A história da perseguição judaica é longa e trágica, com numerosos casos de discriminação, violência, expulsões e barbárie. Desde o Antigo Egito, quando a escravização dos israelitas se tornou um exemplo conhecido da antiga intolerância aos judeus; passando pelo período da Roma Antiga, quando os judeus enfrentaram várias formas de preconceitos e expulsão do Império Romano; atravessando a Inquisição Espanhola, com conversões forçadas ao Cristianismo; e, claro, o horror do Holocausto, com o genocídio sistemático de 6 milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial — um dos eventos mais cruéis da história judaica e da humanidade. A discriminação dos judeus também passa pela União Soviética, antes e depois da Segunda Guerra Mundial, quando os judeus enfrentaram políticas antissemitas que incluíam restrições às práticas religiosas e proibição de frequentar determinados lugares. E essas são apenas algumas páginas de uma longa história de agressões, dor, morte e superação.

Homens de uma unidade não identificada executam um grupo de civis soviéticos ajoelhados ao lado de uma vala comum (1941) | Foto: Domínio Público

No Antigo Egito, de acordo com o relato bíblico no livro do Êxodo, os judeus foram escravizados pelo Faraó e submetidos a trabalhos forçados na construção de muitas estruturas, como, por exemplo, as Pirâmides. A exatidão histórica da narrativa bíblica é debatida, mas há evidências de povos semitas vivendo no Egito durante esse período, e alguns testemunharam a servidão. Mesmo que a extensão da escravatura seja centro de debates, há poucas dúvidas de que os judeus, como minoria, teriam enfrentado discriminação e marginalização na antiga sociedade egípcia, uma vez que eram vistos como “estranhos”.

Durante o Império Romano, os judeus enfrentaram várias formas de perseguição, incluindo conversões forçadas a deuses romanos e práticas religiosas. Além de as autoridades usarem esses métodos para controlar a população judaica, os romanos destruíram o Segundo Templo em Jerusalém durante a Primeira Guerra Judaico-Romana. O acontecimento foi um golpe significativo para a vida religiosa e cultural e levou à dispersão dos judeus por todo o Império Romano, obrigando-os a deixar sua terra natal e a estabelecer-se em diferentes regiões, o que lançou as bases para a diáspora judaica.

Maquete do Segundo Templo de Jerusalém, no Museu de Israel | Foto: WIkimedia Commons

Durante a Inquisição Espanhola, que começou no final do século 15 e se estendeu até o século 18, os judeus sofreram significativamente na Espanha e, mais tarde, nos territórios portugueses. A Inquisição foi, principalmente, uma ferramenta das autoridades religiosas e políticas para impor a ortodoxia religiosa, com graves consequências para qualquer pessoa considerada uma ameaça ao catolicismo, incluindo muitos judeus.

Foi o papa João Paulo II, cujo papado durou de 1978 a 2005, que liderou um papel significativo na melhoria das relações entre a Igreja Católica e a comunidade judaica. Seus esforços culminaram num histórico pedido de desculpas aos judeus — a principal razão foi admitir os maus-tratos aos judeus por parte da Igreja e promover a reconciliação e o diálogo entre as duas comunidades de fé. Através do reconhecimento de erros passados, o papa promoveu ações como a declaração “Nostra Aetate” (“Em Nosso Tempo”), documento que repudiou o antissemitismo e enfatizou a necessidade de aproximar as relações entre católicos e judeus.

Em 26 de março de 2000, durante a sua visita a Israel, o papa João Paulo II visitou o Muro das Lamentações em Jerusalém, um dos locais mais sagrados do judaísmo, e, num gesto simbólico de reconciliação, colocou um bilhete no Muro contendo uma oração de perdão e congraçamento, expressando remorso pelos erros na história e pelos sofrimentos suportados pelo povo judeu.

Antes de se tornar papa e escolher o nome João Paulo II, o padre Karol Wojtyła, ainda na Polônia, viu muitos de seus amigos judeus serem perseguidos e mortos pelos nazistas e, depois, pelos comunistas. Diante do testemunho ocular da barbárie, seu papado marcou um ponto de virada nas relações católico-judaicas e lançou as bases para o diálogo e a cooperação contínuos nos anos que se seguiram.

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O Holocausto, perpetrado pela Alemanha liderada por Adolf Hitler, mostrou ao mundo um dos eventos mais hediondos de genocídio e antissemitismo da história. A perseguição e o assassinato em massa, patrocinados pelo Estado, de aproximadamente 6 milhões de judeus, juntamente com milhões de outros, incluindo os ciganos, indivíduos com deficiência e dissidentes políticos, escancaravam a genética nazista: a ideia do estabelecimento extremo da supremacia ariana, com os judeus e outros grupos “indesejáveis” vistos como inimigos a serem eliminados. Não é difícil enxergar que o mesmo abominável pensamento foi escancarado em pleno ano de 2023.

Mesmo antes do início do massacre em massa nos anos 1940, os nazistas implementaram uma série de leis e políticas antissemitas, incluindo as Leis de Nuremberg, que restringiam os direitos e liberdades dos judeus. Essas leis excluíam os judeus da vida pública, confiscavam suas propriedades e limitavam a sua capacidade de trabalhar e casar com não judeus. Nos territórios ocupados pelos nazistas, judeus eram frequentemente forçados a permanecer em guetos superlotados e segregados, que eram caracterizados por condições de vida deploráveis, acesso limitado a alimentos e falta de saneamento básico. Os lugares serviam como áreas de detenção temporária antes da deportação para campos de concentração ou extermínio.

Nesses infernos na Terra, os prisioneiros eram obrigados a realizar trabalhos forçados em condições subumanas. Os campos de extermínio mais notórios, como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, foram concebidos para o assassinato em massa de judeus, onde as vítimas foram sistematicamente dizimadas através de métodos como câmaras de gás, fuzilamentos em massa e cremação em escala industrial. Aqueles que não eram escolhidos para a morte eram enviados para os médicos nazistas para que experiências horríveis, muitas vezes letais, fossem conduzidas em seus corpos.

Um corpo caído na rua do Gueto de Varsóvia, na Governadoria-Geral da Polônia (1941) | Foto: Wikimedia Commons

O Holocausto chegou ao fim com a libertação dos campos de horror pelas Forças Aliadas em 1945, mas os sobreviventes enfrentaram imensos traumas físicos e psicológicos, além do desafio de reconstruir suas vidas. Após a Segunda Guerra Mundial, os altos funcionários nazistas foram julgados por crimes contra a humanidade nos Julgamentos de Nuremberg, que estabeleceram precedentes legais para processar indivíduos por genocídio e crimes contra a humanidade.

O antissemitismo sob o regime soviético

Há páginas de pura barbárie contra os judeus também na União Soviética, onde o fenômeno foi complexo e multifacetado, influenciado por uma combinação de fatores políticos, ideológicos e sociais. O governo soviético, tanto sob Lenin como sob Stalin, implementou políticas que resultaram no sofrimento da população judaica, apesar da retórica oficial de igualdade e não discriminação. Sob o regime soviético, o antissemitismo persistiu, e os judeus enfrentaram discriminação em vários aspectos da vida, incluindo educação, emprego e interações sociais. Muitas vezes estavam sujeitos a estereótipos e preconceitos.

Durante a Guerra Civil Russa (1917-1923), os judeus foram apanhados no fogo cruzado entre o Exército Vermelho, o Exército Branco e várias forças nacionalistas. Os pogroms (violência antijudaica organizada) foram realizados por diferentes facções, resultando na morte e na migração e fuga de muitos judeus da região. O governo soviético também estabeleceu a Yevsektsiya, uma seção do Partido Comunista que visava a eliminar as práticas culturais e religiosas judaicas. Escolas, publicações e instituições culturais foram suprimidas ou cooptadas pelo Estado.

O regime soviético firmava a eliminação de uma identidade judaica distinta, promovendo, em vez disso, a ideia de um “cidadão soviético”. Os judeus foram forçados a assimilar as bases da sociedade soviética mais ampla, adotando a língua e a cultura russas, por vezes à custa de sua herança judaica.

Estátua de Lenin na Praça Ala-Too, em Bishkek, no Quirguistão | Foto: Shutterstock

Durante o Grande Expurgo de Stalin, na década de 1930, os judeus, tal como outros grupos minoritários, foram alvos desproporcionais. Muitos intelectuais, artistas e figuras políticas judaicas foram detidos, executados ou encarcerados, acusados de atividades antissoviéticas ou de “cosmopolitismo”, termo usado para sugerir que os indivíduos eram mais leais às influências culturais e políticas internacionais ou ocidentais (muitas vezes vistas como burguesas) do que à ideologia e aos valores soviéticos.

A barbárie de 7 de outubro deixou um rastro de sangue de inocentes em solo israelense, e estampou a verdadeira face demoníaca dos novos nazistas

Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética experimentou um ressurgimento do sentimento antijudaico. A campanha “anticosmopolita” do final da década de 1940 teve como alvo, mais uma vez, intelectuais, escritores e artistas judeus, acusando-os de deslealdade ao Estado. Os denunciados foram submetidos a humilhação pública, perda de emprego, prisão e até execução. A campanha teve um impacto significativo na comunidade judaica na União Soviética e foi logo seguida pela “Conspiração do Médico”, no início da década de 1950, que também tinha como alvo os médicos judeus, contribuindo ainda mais para a atmosfera de medo e perseguição. Hoje, o termo “anticosmopolita” é reconhecido como um eufemismo para expurgos antissemitas, uma vez que os judeus foram desproporcionalmente afetados por essas acusações.

Entre as décadas de 1960 e 1980, muitos judeus que queriam emigrar da União Soviética enfrentaram mais obstáculos e discriminação. Eles eram frequentemente rotulados de “refuseniks” e sujeitos a diversas formas de perseguições. O covarde antissemitismo não se limitou à Rússia e se expandiu para várias repúblicas soviéticas. Os judeus na Ucrânia, Bielorrússia e outras áreas do leste Europeu sofreram imensa hostilidade. A queda do Muro de Berlim, em 1989, e o colapso da União Soviética, em 1991, trouxeram certo alívio para os judeus da região, permitindo o aumento da emigração e o renascimento da vida cultural judaica. No entanto, hoje podemos ser assertivos de que o ódio a Israel e seu povo continua mais de pé do que nunca.

A queda do Muro de Berlim, em 1989 | Foto: Wikimedia Commons

O que aconteceu em 7 de outubro desnudou todo o ódio e antissemitismo incubado na esquerda mundial, na imprensa, em políticos pelo mundo e em milhares de desmiolados nas universidades norte-americanas. O que aconteceu em 7 de outubro desmascarou a intolerância daqueles que estão há anos nos chamando de intolerantes. A barbárie de 7 de outubro deixou um rastro de sangue de inocentes em solo israelense, e estampou a verdadeira face demoníaca dos novos nazistas.

Há páginas e páginas na história que mostram a violência sofrida pelo povo judeu no mundo. Dentre tantas fotos, relatos e memórias, talvez o Holocausto continue sendo a lembrança mais angustiante da profundidade da crueldade humana e dos perigos do fanatismo desenfreado. Pelo menos deveria ser! Na hedionda lista com nomes como Auschwitz, Sobibor e Treblinka, agora temos que acrescentar Be’eri, Kfar Azza e Siderot. O 7 de outubro jamais será o mesmo.

Estamos em 2023 e parece que esquecemos a história. O mundo, mais uma vez, adoeceu gravemente. 

Vista do Ministergärten em direção ao Memorial aos Judeus Assassinados da Europa, em Berlim, na Alemanha (2016) | Foto: Wikimedia Commons

Mas, mesmo diante de páginas tão cruéis ao longo de tantos anos de perseguição, o povo judeu mostra que sofreu, mas que foi exemplo: lutou, venceu e reconstruiu a vida estabelecida no exemplo de uma fé inabalável. Tenho certeza de que não será diferente desta vez.

Shalom!

Leia também “Amor e respeito para tempos doentios”

24 comentários
  1. Paulo Cezar de Oliveira
    Paulo Cezar de Oliveira

    Parabéns pelo artigo, a boa informação e conhecimento é que faz pessoas livres.

  2. Daniel Einstoss Korman
    Daniel Einstoss Korman

    Belo artigo recapitulando todas agruras vividas pelo povo judeu. Nossa existência e perpetuação enquanto povo deve-se à resiliência e vontade de deixar um mundo melhor para nossos filhos. Parabéns pelo texto, Ana Paula. Shalom aleinu!

  3. Homero Marinho Teixeira Leite Junior
    Homero Marinho Teixeira Leite Junior

    Parabéns Ana Paula pela escrita e desencadear do pensamento.
    Homero

  4. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Desculpe Ana, mas estou assistindo Oeste Sem Filtro, dia 09. Hoje um vereador de uma didade vizinha disse pra mim que estava a fim de fazer um requerimento da CV, mas ficou com medo de morrer. Ele disse que seria bom instigar os vereadores pró governo federal a responder uma pergunta: – se os terroristas fizerem um ato aqui no Rio Grande do Sul matando civis, descendentes de imigrantes italianos e alemães, eles, – os vreadores – continuariam apoiando terroristas?

  5. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    Ana, craque no vôlei e nos artigos jornalísticos.
    Uma aula de história para aqueles que abandonaram o mundo civilizado.
    Brancos, negros, judeus, árabes, asiáticos, homossexuais, somos todos humanos e precisamos urgentemente reaprender a conviver em uma sociedade mais humana e igualitária.

  6. raimundo hermes brabosa
    raimundo hermes brabosa

    É gratificante ler esse belíssimo artigo da Ana Paula. Pois bem, melhor seria que nossas autoridades tomassem conhecimento e quem sabe aprendesse um pouco da História. A Revista Oeste é, sem dúvidas, hoje o veículo que mais respeita seus leitores e ouvintes do Programa Oeste Sem Filtro. Parabéns aos Colunistas todos ótimos e corajosos. Raimundo Hermes Barbosa. Presidente da FADESPBRASIL.

  7. Ione marisa alonso
    Ione marisa alonso

    Cumprimentos admirável Ana Paula!
    D’us a abençoe ⚘

  8. Arao Pomeraniec
    Arao Pomeraniec

    Parabéns Ana Paula! Você é um exemplo de dignidade frente a uma imprensa( jornalistas) hipócritas e antissemitas.

  9. Eloisa Moreira Alves
    Eloisa Moreira Alves

    Querida Ana Paula,
    Gostaria de informar-lhe que a pessoa que criou a Embrapa e buscou caminhos junto ao Banco Mundial para enviar estudantes para diversos países foi Eliseu de Andrade Alves. Ele estudou no Instituto Gammon como você. Fez o mestrado e o PHD na Universidade de Purdue em Indiana. Bjos. Sua admiradora, Eloísa

  10. Dilermando Batista
    Dilermando Batista

    Ana Paula, sou teu fã desde os bons tempos do Voleyball. Atualmente como jornalista e comentarista, acabei me declinando aos seus lúcidos comentários. Não tiro a razão do povo Judeu de se defender, pois acredito que dar a outra face, não é se submeter. Foi nos concedido utilizarmo-nos de um instrumento físico, portanto somos responsáveis pelo mesmo e deveremos entregá-lo da melhor forma possível, utilizado. Entretanto, quando você cita a história do sofrimento do povo Judeu, esqueceu de relatar que o povo judeu também foi perseguidor. Sempre houve na história da humanidade perseguidores e perseguidos, dominadores e dominados. A barbárie sempre existiu, devido a insanidade de alguns. Jesus, por exemplo, foi perseguido pelos judeus, que escolheram libertar um bandido, mau feitor, como Barrabás, e crucificar o Salvador, o Messias. Não somente Ele, mas Paulo de Tarso tbm o foi. A questão, a meu ver, não é esta, mas sim a falta de humanidade que está em pauta. Jesus solicitou trocar o “olho por olho” pelo amai-vos uns aos outros, como irmãos que somos, no entanto, nunca houve um pequeno período de Paz na humanidade; estamos sempre nos guerreando.

  11. Simone Borghi
    Simone Borghi

    Am Israel Chai

  12. Teresa Guzzo
    Teresa Guzzo

    Nunca vi um povo tão perseguido e discriminado como os judeus.Mas devo dizer que saiu vitorioso de todas as injustiças sofridas,é um exemplo de esforço,de perseverança e dignidade.Observei desde o início que sofreu ao ataque do terror pelo Hamas em toda a mídia de esquerda uma tendência de colocar Israel como “causador”de tanto ódio. Simplesmente não suportei assistir a mentiras e narrativas políticas de cabeças que sofreram uma amnésia seletiva histórica. O mundo nos mostra passeatas a favor do terror,mas muito bem vestidos e confortáveis em países que os acolheram. É fácil fazer manifestação na Inglaterra,na França, nos EUA e até na Alemanha. Esperem por sua vez Europa e aos que clamam pela “guerra santa”,acredito que não sabem seu significado(extermínio de judeus e cristãos ).Os terroristas estão brincando em seus quintais.

    1. Expedito Aguiar Lopes
      Expedito Aguiar Lopes

      É necessário usar com mais frequência o termo Stalinismo para justificar o ódio visceral contra a população judaica e o antissemitismo. Chega de culpar essa perseguição apenas ao Nazi-facismo!.

  13. Jaques Goldstajn
    Jaques Goldstajn

    Sempre emocionante e inteligente, capatã

  14. Valdemir Fernandes De Antonio
    Valdemir Fernandes De Antonio

    Ana Paula, mais um texto com integridade, realidade e fatos.
    São pontos da história que envergonham a raça humana e expoem o radicalismo abejto e inaceitável.
    Não podemos esquecer o passado, e assim, evitar que novos erros aconteçam novamente.
    Grato por seu texto, seu carinho e acima de tudo, himanidade nas suas palavras.

  15. Elvira Vilela
    Elvira Vilela

    Obrigada, Ana Paula, pela aula de história do crescimento da intolerância mundial. Espero que consigamos dar um basta nisso.

  16. Ed Camargo
    Ed Camargo

    A esquerdopatia é realmente uma doença mental, pois não há uma explicação para o fato de termos um Judeu que sobreviveu um dos campos de concentração Nazista, apoiando a causa Palestina. Isso é o que esta fazendo o notório Judeu Bilionário mais conhecido por George Sorous.
    A vascilação de Israel no dia 8 de Outubro que permitiu a incursão de Hamas em seu território, e causou toda a barbárie vista pelo mundo, se deu pelo fato dos esquerdopatas Israelenses terem causado um tumulto no país onde sua suprema corte tentou ganhar poderes ditatoriais como aconteceu com o nosso STF aqui no Brasil.
    Portanto toda essa tragédia ao redor do mundo esta sendo causada por esquerdopatas comunistas que querem escravizar o mundo moral e civilizado, tornando a todos servos de um regime.

    1. Elvira Vilela
      Elvira Vilela

      Reza a lenda que ele não sofreu nas mãos dos nazistas. Dizem que ele fez fortuna nessa época. Não sei. Há quem diga que é mentira, mas muitos dizem que é verdade.

  17. Osvaldo Pasqual Castanha
    Osvaldo Pasqual Castanha

    Concordo plenamente com o seu ultimo parágrafo: o povo judeu “lutou, venceu e reconstruiu a vida estabelecida no exemplo de uma fé inabalável. Tenho certeza de que não será difente dessa vez”. Se desde a Antiguidade os judeus sofreram e foram perseguidos pelas potências do momento, e apesar de tudo sobreviveram incólumes, em termos de cultura, religião e idioma, não será esse bando de lunáticos terroristas desalmados que conseguirão o seu intento. Viva o povo de Israel! Vida longa para o seu país!

  18. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Querida Ana. Eu queria conversar contigo numa mesa rodeada de amigos, mas a distância é grande. Teu artigo é muito bom Até gostaria de escrever uma coluna especialmente pra ti. Deixo para outra oportunidade. O núcleo central é que a ponta do iceberg (não do buraco negro) está aí nos EUA. Quando o mundo viu que a maior potência global tem um presidente e um governo fraco e até ridículo, as forças do mal se encorajaram. Quando existe respeito ao poder dos EUA não só do ponto de vista econômico e militar, mas através de irradioações de democracia e liberdade, muita gente se cala e fica mais recatada. VEndo a fraqueza molucular do Estado Norte-americano a coragem em estabelecer protestos e manifestações que esavam adormecidas voltam com mais força. Se fosse Trump, teríamos a guerra na Ucrânia? SE Trump estivesse na presidência e instalando a embaixada em \Jerusalém (com o Brasil) esta revolta dos terroristas contra os judeus aconteceriam neste nível local e mundial? Afinal, com Biden, o holocausto se torna uma mentira e uma ficção para muita gente e que o inimigo mesmo são judeus ou qualquer outro que enfrente a esquerda mundial.

    1. Renato Perim
      Renato Perim

      Excelentes observações, sr. Alves. Concordo plenamente.

    2. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
      Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

      Concordo.

  19. Bianca Diamante Waisberg
    Bianca Diamante Waisberg

    Em tempos sombrios, ler artigos como esse nos traz sensatez, força e esperança! Judeus do mundo inteiro estão estarrecidos com as atrocidades ocorridas em Israel e os inúmeros casos de antissemitismo pelo mundo!
    Revista Oeste e Ana Paula, mais uma vez se posicionando do lado certo da história.
    Jamais nos calaremos!!!

  20. Paulo Ricardo
    Paulo Ricardo

    É correto destacar o papel de João Paulo II no aperfeiçoamento das atitudes da Igreja Católica em relação ao povo judeu, mas também é justo lembrar que ele não foi o primeiro papa a atuar nessa direção. Evidência disso é, por exemplo, a serena resistência às perseguições nazistas do tão caluniado Pio XII, que na verdade ajudou a salvar da morte certa milhares de judeus, como reconheceram à época personalidades como Albert Einstein e o rabino-chefe de Roma. Ou as iniciativas altamente simbólicas de João XXIII, que removeu das orações da Semana Santa a referência aos “pérfidos judeus”, e, ao receber uma delegação judaica no Vaticano, se levantou do trono papal, abriu os braços e os saudou dizendo: “eu sou José, vosso irmão”, numa emocionante referência ao episódio do Velho Testamento em que o filho de Jacó reencontra e se reconcilia com seus irmãos.

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