A Frente Nacional de Luta (FNL), grupo liderado por José Rainha, pediu R$ 2 milhões e 20 alqueires de terras para devolver a Fazenda Santa Mônica, localizada no Pontal do Paranapanema, aos proprietários.
A informação foi dita, nesta quarta-feira, 2, pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, durante seu depoimento à CPI do MST.
Conforme o secretário, o local foi invadido em 15 de outubro de 2021 por cerca de 200 pessoas ligadas a FNL. Depois de ser impedido de entrar na fazenda, um dos donos da propriedade registrou um Boletim de Ocorrência.
Seis dias depois, policiais foram até o local, mas foram recebidos com ameaças e hostilidade: “O Luciano de Lima, um dos coordenadores do grupo de José Rainha, perguntou aos agentes se eles queriam guerra”, explicou Derrite.
Depois, Maria Nancy — uma das proprietárias da fazenda –, relatou ter sido extorquida pelos invasores.
“Para sair do local, eles exigiram R$ 2 milhões e 20 alqueires de terras. Após as tratativa, o acordo final foi de R$ 1 milhão e 50 alqueires. O acordo foi firmado pela FNL sob a ameaça dos proprietários nunca mais entrarem na própria fazenda. Alguns áudios de conversas entre a Nancy e os invasores estão no inquérito. Além disso, um funcionário confirmou a ação”, relatou o secretário.
Ao secretário, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse que, na verdade, Cirineu Dias, advogado da proprietária da fazenda, orientou ela a procurar o José Rainha para negociar a devolução das terras com a FNL.
“Cirineu é advogado de profissão, mas neste inquérito, ele está como investigado, não como advogado”, explicou Derrite.
Já a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) afirmou que Maria Nancy não é a dona da fazenda, pois ela não pagou ao antigo proprietário.
Em março deste ano, José Rainha e Luciano foram presos pela Polícia Civil de SP sob suspeita de extorsão de proprietários de terras na região do Pontal do Paranapanema, no oeste do Estado.
O inquérito da Justiça de SP apurava a extorsão de pelo menos seis pessoas. Nessa investigação, foram apreendidos dois fuzis calibre 556, duas espingardas calibre 12 e uma de calibre 357. Em caráter liminar, a Justiça decidiu soltar Rainha em junho. Ele, contudo, ainda é investigado.
Segundo o secretário, em fevereiro deste ano, o grupo invadiu outras três propriedades em SP. Em uma delas, na Fazenda São Lourenço, inclusive, os invasores disseram ao proprietário que, a partir daquele momento, as colheitas deveriam ser dividas entre eles.
Operações contra o MST em SP
“Durante o ‘carnaval vermelho’, aconteceram 19 invasões em SP”, disse Derrite. “Percebemos que era um movimento político, pois não víamos uma grande quantidade de pessoas ocupando as áreas invadidas. Eram invasores ligados a partidos de esquerda.”
O secretário ainda explicou que, quando a polícia prendeu os invasores em SP não foi encontrado com eles materiais ligados ao plantio.
“Sabemos diferenciar movimentos sociais. Mas esses são criminosos travestidos de movimentos sociais. Nesse sentido, atuamos conforme a lei determina”, concluiu Derrite.
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