Segundo um levantamento feito pelo jornal O Globo, dos atuais 232 conselheiros dos Tribunais de Contas brasileiros, mais de 30% são parentes de políticos. Desse número, 80% foram indicados por aliados, depois de fazer carreira em cargos públicos, e pouco mais de 30% são condenados na Justiça ou alvos de investigação, por crimes como improbidade administrativa, peculato e corrupção.
Esses tribunais têm a função de aprovar ou rejeitar as contas dos chefes dos Executivos, o que pode tornar qualquer político inelegível. O conselheiro possui estabilidade até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos, com salário de pouco mais de R$ 40 mil e foro privilegiado.
No governo do presidente Lula, a prática já se tornou comum. Com apenas três meses no comando, o petista conta com três mulheres de ministros como conselheiras nos Tribunais de Contas dos Estados. É o caso de Rejane Dias (Piauí), mulher de Wellington Dias (Desenvolvimento Social); Renata Calheiros (Alagoas), mulher de Renan Filho (Transportes); e Marília Góes (Amapá), mulher de Waldez Goés (Desenvolvimento Regional).
Atualmente, o ministro Rui Costa, da Casa Civil, tenta colocar a própria mulher, Aline Peixoto, como conselheira no Tribunal de Contas dos municípios da Bahia. Caso consiga a proeza, ele será o quarto colocado na lista do “nepotismo petista”.
Mesmo contestadas na Justiça, as nomeações foram mantidas. O nepotismo é proibido no serviço público, mas as decisões favoráveis seguem a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) que permitiu familiares em funções políticas.
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Nosso país nunca funcionará. No próximo pleito teremos milhões de isentões arrependidos de não terem votado, mas os quatro anos de esquerda no poder já farão um estrago que durará décadas.