O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve, nesta quinta-feira, 21, a validade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens da Presidência do governo Jair Bolsonaro.
Cid prestou depoimento no STF, durante três horas, em sessão presidida por Moraes, a fim de explicar supostas inconsistências na colaboração que firmou com a Polícia Federal (PF) em setembro do ano passado.
Depois da mais recente operação da PF contra um grupo de militares, que teriam planejado a morte do então presidente eleito, Lula, o vice dele, Geraldo Alckmin, e o próprio Moraes, ainda em 2022, o ministro determinou um novo depoimento a Cid. A corporação fez o pedido a Moraes, por entender que Cid sabia do suposto plano, que envolveria ainda uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder.
Conforme a PF, o grupo considerou envenenar Lula, Alckmin e Moraes. Haveria ainda um plano para enforcar Moraes.
Mauro Cid indiciado pela PF
Mais cedo, a PF indiciou Cid e outros 36 nomes, entre eles, o de Bolsonaro.
De acordo com o relatório, que tem mais de 800 páginas, Bolsonaro, Braga Netto e demais aliados cometeram também abolição violenta do Estado Democrático de Direito e montaram uma organização criminosa.
O processo foi encaminhado ao STF, que pedirá manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Se a PGR entender que há indícios de crime e apresentar uma denúncia, caberá, então, ao STF determinar se os investigados vão virar réus.
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Resumindo, ou acusa como eu quero ou formará eternamente em um presídio.
Mofará