O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), realizou uma série de reuniões em Brasília para falar sobre a dívida do Estado com a União. Os encontros ocorreram nesta quarta-feira, 23, com os presidente do Senado e da Câmara, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL), respectivamente, além do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Antonio Anastasia.
Zema debateu sobre a tramitação do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que propõe a renegociação das dívidas estaduais. O principal objetivo do governador é viabilizar o pagamento da dívida de R$ 165 bilhões de Minas Gerais, que há anos representa um grande desafio para o Estado.
“Tivemos uma ótima reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que inclusive é o autor do Propag, e também com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira”, afirmou Zema. “Estamos fazendo o possível para que esse problema, que assola os mineiros há tanto tempo, venha a ter uma solução definitiva.”
Nas redes sociais, Arthur Lira também compartilhou o encontro. Destacou que mantém o “diálogo com o governo mineiro e todos os demais entes federativos envolvidos na solução do problema que afeta a gestão dos governos estaduais”.
Zema quer reduzir juros do Propag
Entre os pontos mais discutidos por Romeu Zema, está a redução da taxa de juros, atualmente fixada em 4% ao ano, o que torna o pagamento da dívida inviável para o estado. Segundo ele, o Propag permitirá a redução dessa taxa para 1%, o que traria alívio financeiro para Minas Gerais.
“Além do problema da dívida, que é muito grande, nós também estamos lutando para reduzir a elevadíssima taxa de juros”, afirmou. “Com o Propag, essa taxa cairá de 4% para 1%. Isso vai possibilitar a viabilidade do pagamento por parte do Estado.”

O governador de Minas Gerais alegou que “sem essa redução” na taxa de juros, não haverá uma “solução definitiva para esse problema tão grave, que já dura mais de 10 anos”.
O Propag já foi aprovado pelo Senado e está em regime de urgência na Câmara dos Deputados. Caso o texto seja modificado pelos deputados, ele voltará à Casa Alta para nova análise antes de seguir para sanção presidencial.
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