Parte dos membros da CPI do MST — que foram retirados da comissão devido a uma manobra do governo Lula — devem retornar ao colegiado na terça-feira 29. Duas cadeiras ocupadas pelo União Brasil, contudo, não devem ser modificadas.
A informação é do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), vice-presidente do colegiado. Na semana passada, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) já havia noticiado que pediu o retorno dos membros à CPI.
Caso a oposição retome maioria no colegiado, outras diligências podem ser aprovadas pela comissão. Desse modo, a investigação pode continuar com os trabalhos até 14 de setembro — data em que o prazo da CPI, em tese, expira.
Com a promessa de entregar dois ministérios ao centrão, o governo interferiu na composição do colegiado. A comissão é vista como um dos principais entraves do governo na Câmara, sendo necessário acionar, até mesmo, Lira para impedir o depoimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
O Republicanos, o PP e o União Brasil começaram o “passaralho” dos deputados mais ligados à oposição na CPI. Os parlamentares nem sequer foram avisados com antecedência. Messias Donato (Republicanos-ES), por exemplo, ficou sabendo do desligamento por intermédio da imprensa.
Inicialmente, sete parlamentares foram substituídos. Contudo, na terça-feira 15, a deputada Magda Mofatto (PL-GO) conseguiu retornar ao colegiado. Restam apenas seis nomes que ainda permanecem fora da comissão.
Confira os nomes que saíram da CPI do MST:
- Coronel Meira (PL-PE);
- Clarissa Tércio (PP-PE);
- Nicoletti (União Brasil-RO);
- Alfredo Gaspar (União Brasil-AL);
- Messias Donato (Republicanos-ES);
- Diego Garcia (Republicanos-PR);
Confira os nomes que entraram na CPI do MST:
- Átila Lira (PP-PI);
- Mário Negromonte (PP-BA);
- Damião Feliciano (União PB);
- Carlos Henrique Gaguim (União Brasil-TO);
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