Parlamentares brasileiros criticaram, nesta segunda-feira, 29, o resultado parcial das eleições na Venezuela. Nesta madrugada, a apuração parcial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país declarou o atual presidente e candidato à reeleição, o ditador Nicolás Maduro, como vencedor, com 51,2% dos votos. Mas ainda falta o resultado total das urnas, que ainda não foi divulgado.
A oposição e demais candidaturas independentes na Venezuela não aceitaram de forma consensual o resultado parcial. A comunidade internacional também criticou o resultado. A oposição venezuelana falou em fraude no pleito e afirmou que o principal candidato contra Maduro, Edmundo González, venceu com 70%. O Itamaraty divulgou, mais cedo, uma nota sobre o assunto (leia a íntegra ao final da reportagem).
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O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) disse que cabe ao Brasil “cobrar da Venezuela o respeito ao voto popular” por ser o maior país da América Latina. “A defesa da democracia é um valor constitucional fundamental no Brasil e é incompatível com o apoio a ditaduras e fraudes eleitorais, não importando a eventual simpatia ideológica”, escreveu no X/Twitter.
Ex-juiz da Operação Lava Jato, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) destacou que a boca de urna apontava uma “vitória ampla da oposição” na Venezuela, inclusive, em “redutos chavistas”. “De repente, surge um resultado inacreditável a favor de Maduro, sem transparência e explicação”, escreveu no X. “E [o presidente] Lula e [o ministro das Relações Exteriores, Celso] Amorim? Ficarão como cúmplices da ditadura?”
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Líder da oposição no Senado, Marcos Rogério (PL-RO) pediu um “olhar atento” da comunidade internacional para as eleições venezuelanas. “Num processo democrático o que esperamos é transparência”, escreveu nas redes sociais. “Não é o que vemos até agora.”
O parlamentar ressaltou que há “uma série de denúncias de irregularidades, incluindo falta de acesso de testemunhas às seções eleitorais e rejeição na entrega das atas de votação”. “O voto é soberano, e a vontade da maioria deve ser respeitada. Isso é democracia”, finalizou.
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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) chamou de “grave” a denúncia de fraude eleitoral feita pela oposição venezuelana. “Isso é muito grave. O amigo do Lula fraudou as eleições?”, interpelou no X. “Democracia relativa com chá de camomila”, continou.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ressaltou que “vários países já contestaram” o resultado do pleito da Venezuela e disse concordar com a comunidade internacional.
“Mantido o resultado divulgado até agora, nosso sentimento é de o maior prejudicado será o venezuelano, que não terá outra alternativa além de continuar a fuga de um regime sanguinário e que promove nada além do atraso institucional e econômico”, escreveu a senadora nas redes sociais.
Governo brasileiro comenta eleições na Venezuela
Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Palácio do Planalto reafirmou “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”.
Segundo o Itamaraty, é essencial que o CNE da Venezuela publique os dados, “desagregados por mesa de votação”, para o processo ter transparência.
Leia a nota completa do governo Lula sobre as eleições venezuelanas
“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração.
Reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados.
Aguarda, nesse contexto, a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
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Baaaaaahhhhh só conversa fiada, o brasil tá precisando é de homem com saco roxo, esses parlamentares que temos aí só ficam no discurso, tem que partir pra ação.