O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), criticou, nesta segunda-feira, 19, a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que causou uma crise diplomática com o governo de Israel.
“A declaração do presidente Lula comparando as ações de Israel contra o grupo Hamas ao Holocausto foi excessiva e inconveniente, causando uma ruptura com Israel e a comunidade judaica brasileira”, escreveu Lomanto nas redes sociais. “Além disso, descredibilizou nosso país, na intermediação de conflitos e na busca pela paz mundial. Esperamos que essa situação constrangedora gerada pelo discurso de Lula não traga consequências ainda mais graves ao nosso país.”
Durante sua passagem pela Etiópia, no domingo 18, o presidente Lula comparou o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza, ao Holocausto.
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“É importante lembrar que, em 2010, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o Estado palestino”, disse o petista a jornalistas na Etiópia, no domingo 18. “É preciso parar de ser pequeno quando a gente tem de ser grande. O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus.”
Nas redes sociais, ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, criticou a fala de Lula e disse que o petista é persona non grata até que peça desculpa. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que o presidente brasileiro “cruzou uma linha vermelha”.
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Além disso, deputados de oposição pretendem protocolar um pedido de impeachment contra o petista. Contudo, uma publicação nas redes sociais da primeira-dama, Janja da Silva, deu a entender que Lula não deve pedir desculpa por suas declarações.
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