O presidente da CPMI do 8 de Janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), indicou que pretende encerrar as investigações do colegiado em 17 de outubro. A ideia é que, até lá, o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) esteja em posse dos membros do colegiado.
Contudo, algumas alas da comissão defendem a prorrogação das investigações. É o caso de Eliziane e da oposição. A relatora deseja usar o tempo extra para realizar algumas acareações entre depoentes.
Duas já estão definidas, sendo a primeira entre a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti; e a segunda entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-chefe do Executivo.
A oposição pretende angariar mais tempo para investigar a leniência do governo federal. Contudo, as acareações também estão na mira deles. As principais estão relacionadas ao general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Já a ala governista prefere seguir o rito indicado por Maia, pois possuem um interesse maior no relatório final das investigações. Nesse sentido, a aprovação do documento seria o “aval político” do Congresso para as condenações do Supremo Tribunal Federal.
Interpelado sobre a possibilidade de prorrogação, o presidente da CPMI destacou que não cabe a ele decidir. “Os deputados precisam de 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado”, concluiu.
Nesta quinta-feira, 14, a CPMI ouviu o general Gustavo Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
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