O jornalista Alexandre Garcia concedeu entrevista ao programa Os Pingos nos Is, da rádio Jovem Pan, exibido nesta quinta-feira, 30. Durante a conversa, o ex-diretor de jornalismo da TV Globo em Brasília falou sobre CPI da Covid, fake news, liberdade de opinião, corrupção intelectual no jornalismo, dominação ideológica e mil dias de governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Fake news
“Precisamos saber o que é notícia falsa, antes de mais nada”, disse Garcia. “Opinião não é notícia falsa, porque não contraria os fatos. A liberdade de expressão está prevista na Constituição Federal, no Artigo 5º e no Artigo 220. Trata-se de uma garantia do Estado Democrático de Direito. Essa garantia não existia apenas na União Soviética, não existe em Cuba, na Venezuela e nos demais países com regimes totalitários.”
Segundo o jornalista, as fake news são parte de uma narrativa para rotular as pessoas que contrariam pensamentos dogmáticos. “O totalitarismo funciona apenas com pensamento único”, observou. “Infelizmente, é isso que estamos vivendo agora. Em 50 anos de jornalismo mais 80 anos de vida, nunca vi uma situação como essa, em que se estabelece o que é falso e o que não é. Quem faz isso é um personagem de George Orwell, do livro 1984.”
Liberdade de expressão
Garcia argumenta que a ofensiva contra a liberdade de expressão é praticada por profissionais que deixaram de captar verbas públicas. “Alguns perderam a oportunidade de receber dinheiro fácil do governo federal por meio da Lei Rouanet, do BNDES, da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Petrobras e das empreiteiras”, disse. “Isso cessou. Há mil dias de abstinência, e essa abstinência faz roncar o estômago e as bocas. É desespero.”
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De acordo com o comentarista, a imprensa tradicional trabalhou durante anos com factoides — informações falsas ou não comprovadas que se aceitam como verdadeiras em consequência de sua repetida divulgação. “Hoje em dia, graças às redes sociais, não se engole mais isso”, afirmou. “Agora, é possível conferir a fonte das matérias; não existe mais intermediários para a notícia.”
Opinião versus fato
Garcia explica que a corrupção intelectual no jornalismo brasileiro começou no início da década de 1990, nas universidades. “Tenho experiência própria disso, pelo que vi e ouvi”, revelou. “Professores diziam que estavam formando militantes ideológicos para combater o status quo opressor, não jornalistas isentos e neutros.”
Conforme diz o jornalista, antigamente os profissionais de comunicação demoravam dezenas de anos para emitir opinião, porque precisavam criar percepções claras dos fatos antes de começar a interpretá-los. “Hoje em dia, o sujeito entra nos jornais e sai dando opinião. Resultado disso é a perda de credibilidade, o patrimônio que sustenta o jornalismo”, criticou.
Dominação ideológica
Garcia afirma que o noticiário serve como instrumento de dominação ideológica, porque enganosamente incute na cabeça dos cidadãos a ideia de neutralidade. “Os jornalistas dizem ser isentos e neutros, mas minam os fatos”, asseverou. “Outro dia, um comandante militar do Planalto me disse que não se ganha mais guerra com fuzil, mas com a conquista das mentes. E a conquista das mentes acontece por meio das informações.”
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O comentarista político defende que a correção de rota no jornalismo deve ser protagonizada pelas universidades. “Já que o problema começou nas faculdades, talvez sejam elas próprias que precisem puxar as rédeas”, observou. “As universidades precisam avaliar se não estão acabando com a credibilidade do jornalismo, se não estão traindo a confiança das pessoas.”
Mil dias de governo Bolsonaro
“As pessoas dizem que o presidente precisa se comunicar mais com a população, mas ele já está fazendo isso”, disse Garcia. “O problema é que as coisas feitas pelo governo federal não são publicadas. Por que antes eram noticiadas? Pergunte isso aos donos de jornais. O Brasil está ampliando sua malha ferroviária, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas está asfaltando aos montes, os portos estão sendo melhorados.”
Segundo o jornalista, o cessamento da corrupção possibilitou o crescimento do país. “Em agosto, registramos recorde de arrecadação federal”, exemplificou. “O Fundo Monetário Internacional [FMI] informou que sofreríamos uma debacle de 9% no Produto Interno Bruto [PIB], mas caímos apenas metade disso. Comparem o que está acontecendo no Brasil com o que está ocorrendo na Europa. Depois, vejam se aqui a administração não é melhor.”
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Parabéns revista Oeste pela isenção e compromisso com a realidade e os fatos. Parabéns Alexandre Garcia pela coragem de denunciar o lixo ideológico em que se tornou boa parte das faculdades de jornalismo em terras tupiniquins.(since 1990)
De agora em diante, cidadãos deste país que optarem pela notícia/fato terão de consumir jornalismo independente…
“Nem tudo se desfaz”
As fakes e bobagens que ele fala e faz? Isso é publicado, sim!! Agora, como ele não faz nada que preste, publicar o quê???
Ainda bem que aqui na Oeste pelo menos ainda existe a liberdade de expressão, né Marcelo? Caso contrário esse comentário imbecil que você fez não seria publicado.
Conta pra gente, foi a #CrusoLIXO que pagou pela tua assinatura na Oeste? Certamente você está na revista errada. VAZA, esquerdopata.
Marcelo Magalhaes
energumentóide!
No Planeta do Molusco fato virou fake e fake virou Fato.
O senhor Alexandre deveria procurar ter mais informações precisas. A respeito o atual mandatário inaugurou para de uma rodovia na Bahia de apenas 16 quilômetros sendo que toda a base foi feita no governo de Dilma. Além disso, a inauguração se deu sem concluir os 16 quilômetros.
Isso aí meu amigo, parabéns por nos trazer os esclarecimentos, precisamos disso!
Alexandre Garcia abriu o debate e se vacilou, correção nele!
E quem disse que a sua informação é precisa, Wolfgang? O que a sua querida Cadáver Insepulto fez foi quase destruir o Brasil. Quem elegeu Jacques Wagner por duas vezes e tem no “senado” uma besta quadrada como Otto Alencar, tem por acaso um pingo de moral para atacar o governo do Presidente e o Alexandre Garcia?
Wolfgang Alves Longo Moitinho
MAV jumentóide!