Anúncio deve acontecer ainda essa semana. Presidente busca alternativa para o aliado em órgãos internacionais
O presidente da República, Jair Bolsonaro, bateu o martelo e Abraham Weintraub vai deixar o Ministério da Educação (MEC). Entretanto, isso não significa que o ministro mais combativo da Esplanada dos Ministérios não fará mais parte do governo. Bolsonaro busca uma alternativa na área econômica para Weintraub e uma possibilidade ventilada atualmente é remanejá-lo para o Banco Mundial.
As informações foram confirmadas por Oeste através de duas fontes governistas que acompanham diretamente as tratativas sobre o destino de Weintraub. A expectativa é que o anúncio ocorra nos próximos dias. De acordo com as fontes palacianas, a questão agora não é “se ele deixará o Ministério”, mas quando ocorrerá o anúncio oficial. Um detalhe: essas mesmas fontes anteciparam à Oeste a saída do ex-ministro Sérgio Moro e o remanejamento da atriz Regina Duarte da Secretaria Especial de Cultura.
Ministeriáveis
Para o lugar de Weintraub, o governo federal já está ventilando nomes como os de Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização da pasta ou Ilona Becskeházy, secretária de Educação Básica. O Centrão, por sua vez, pressiona para realocar o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para a pasta. Os dois primeiros são nomes bem-quistos pela militância do presidente o que, na visão dos membros do Planalto, poderia minimizar os impactos negativos da saída de Weintraub. Tanto Nadalim quanto Ilona defendem a agenda conservadora do governo federal e são críticos ferrenhos do método Paulo Freire.
Durante essa semana, aumentou a pressão do Centrão e da ala mais pragmática do governo pela saída do atual ministro da Educação. O presidente tem consciência de que a dispensa do seu auxiliar é uma jogada de risco pois vai de encontro ao que defende a sua militância. Entretanto, a decisão visa, principalmente, arrefecer o ânimo com o Supremo Tribunal Federal (STF) que tem pressionado pela saída do ministro, principalmente após ele ter chamado de “vagabundos” os integrantes da Suprema Corte durante a reunião ministerial do dia 22 de abril. Deputados ligados ao Centrão também têm aconselhado o presidente a adotar esse tipo de iniciativa justamente com esse objetivo.
Na segunda-feira, Bolsonaro reuniu-se com o ministro da Educação e pediu para que ele “submergisse” para sentir a temperatura política dos dias seguintes. O presidente ainda tinha a intenção de manter o auxiliar. Porém, não foi suficiente e agora o presidente busca um substituto à altura de Weintraub.
Quem quer que seja nomeado deve, obrigatóriamente, continuar o trabalho de desratização nas universidades brasileiras. Não vai ser fácil, mas é imperativo.
Acredito (porque preciso acreditar) que esse recuo seja para preservar o ministro, ele virou vidraça e está para ser preso. Espero que coloque um CONSERVADOR no lugar de Weintraub.
Lamento profundamente, mas decisões governamentais tem motivos que não conhecemos por completo.. Que tenhamos um General no Ministério da Educação.
Repito, um General.
*têm
Política é isso: negociação.
Weintraub não disse literalmente nada errado, mas errou ao não obedecer o presidente quando ele pediu pra ele ficar mais sossegado um pouco em vez de ficar virando manchete. Se apoiou na militância pra quebrar hierarquia lá dentro.
Nadalim é um ótimo nome, diferente de outros “olavistas” que estavam lá sob o Vélez e não fizeram nada que preste, está trabalhando muito bem e é 100% alinhado, além de nunca ter feito lobby pra tentar forçar o governo a contratar amigos.
No exterior o Abraham também estaria protegido de perseguição do STF, que é o maior inimigo do Brasil.
Concordo! Porém por mim, WEINTRAUB para Prefeito de São Paulo Já! Tem que partir pro escrutínio do VOTO!
Concordo. Fico triste com a saída do Weitraub, mas o Nadalim é um excelente nome p a pasta. E com sua forma mais discreta talvez consiga avançar mais na desesquerdização do MEC. Espero que o Weitraub continue no governo, ele é um dos poucos leais ao Presidente.