Aos 55 anos, o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados, Altineu Côrtes (RJ), acredita que as recentes operações da Polícia Federal (PF) contra Jair Bolsonaro e seus aliados podem gerar resultados eleitorais “inimagináveis” ao partido.
“Como ser humano, Bolsonaro está sofrendo muito com isso”, disse Altineu Côrtes, em entrevista a Oeste. “É óbvio que é muito ruim tudo que está acontecendo politicamente, não eleitoralmente. Esses excessos podem, mesmo com o sofrimento do presidente Bolsonaro, dar um resultado eleitoral ao PL inimaginável.”
O ex-presidente é investigado em alguns inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF). Entre eles, um em que é suspeito de participar de uma suposta tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
Conforme o líder do PL na Câmara, o nome de Bolsonaro cresce nas eleições municipais de 2024, pois a população enxerga que há uma injustiça no Brasil. “Na minha convicção, não houve tentativa de golpe”, disse Altineu Côrtes, que desponta como preterido do partido para disputar a presidência da Câmara dos Deputados.
O parlamentar destacou ainda que o Partido dos Trabalhadores (PT) “governa com raiva, perseguição” e que parece querer uma “revanche”. Cristão, Côrtes ressaltou que o presidente Lula tem uma posição “hostil” ao povo evangélico. Apesar de criticar eventuais ações do Judiciário, o deputado defendeu o diálogo para amenizar a relação entres os Poderes.
Em entrevista a Oeste, Altineu Côrtes comentou a possível candidatura à presidência da Câmara; uma eventual proposta da Casa em reação às ações da PF; a posição do partido sobre pautas em destaque no Parlamento, como o fim das saidinhas e a regulamentação da inteligência artificial; e as eleições municipais, ações da PF e mais. Confira os principais trechos:
O partido pretende lançar candidatura própria à presidência da Câmara?
Vamos lançar um nome. A galera fala no meu nome, e fico feliz por isso. Mas não tem nada decidido ainda. Quem vai decidir é a bancada.
Caso isso ocorra, o partido tem votos além da bancada do PL?
A gente acredita que tenha votos, além dos do PL. Por isso, a bancada é quem tem de decidir o nome. O mais importante é que seja um nome que todos compreendam como capaz de unificar os 96 votos do partido. Além dos 96 votos, temos certeza de que podemos agregar mais uns 30 ou 40 votos. Então, já largamos com 140 votos. Vamos lançar o candidato a presidente. Obviamente, os outros espaços da Mesa serão dos outros partidos. Está muito cedo para discutir isso ainda. Estamos tranquilos e temos tempo para resolver isso. Acredito que a eleição para a presidência da Câmara vai esquentar depois das eleições.
“O que não dá é um parlamentar deixar de exercer a plenitude do seu mandato e ser desrespeitado na plenitude do seu mandato, e isso constar na Constituição.”
Em 2023, alguns deputados do PL votaram com o governo em algumas matérias. Como o partido lida com isso?
Quando há o fechamento de questão do partido, a votação é quase unânime. Alguns que desobedeceram sofreram punições. No ano passado, eles foram afastados das comissões permanentes por três meses e efetivamente sofreram sanções do partido. Essa história já é antiga entre os deputados, principalmente os do Nordeste. São deputados de onde a base do governo Lula é muito forte. Esses deputados meio que não sobrevivem se não tiverem uma relação mínima.
Como está o andamento das discussões sobre a PEC da Blindagem?
Acho que o apelido que colocaram na PEC já é algo que quer criar uma imagem de proteção, quando não é isso. Temos de discutir a imunidade parlamentar. O que está em discussão é a imunidade parlamentar. Não é blindagem, é pegar a Constituição e ler o que é a imunidade parlamentar. A justificativa, não só dessa PEC, mas de qualquer projeto, é a imunidade parlamentar — ou tire da Constituição. O que não dá é um parlamentar deixar de exercer a plenitude do seu mandato e ser desrespeitado na plenitude do seu mandato. É um atropelo da Constituição. Agora, não estou absolutamente com um pensamento fechado em relação à PEC. Por exemplo, acho a mudança de foro uma coisa muito importante. O STF, que tem ministros brilhantes, tem de ser uma Corte Constitucional. Porque o STF tem que ser a última instância para julgar deputados e senadores? E aí se misturam os interesses, vamos dizer, de votações do Congresso Nacional. Porque, às vezes, tem um senador, um deputado que tem um processo no STF.
Os parlamentares não poderiam se beneficiar do aviso de operações da Polícia Federal e, antes de sofrerem busca e apreensão, retirarem eventuais provas de seu gabinete?
Isso precisa ser elaborado com tranquilidade e paciência. Não estou querendo nem proteger deputado nem senador, mas é preciso que esteja estabelecido qual é o direito da imunidade parlamentar. Esse é o ponto. Não tem proteção a ninguém. Tem o direito da imunidade parlamentar. O texto ainda precisa ser estudado, tem de ser elaborado, porque essa invasão entre os Poderes está se virando. Então, se um deputado não tem imunidade nenhuma, é assim. Então, a regra tem de mudar. A lei precisa ser alterada.
“A declaração dele sobre a questão de Israel fere o povo evangélico frontalmente.”
Sobre a inteligência artificial, esse tema é uma prioridade do partido?
Isso é um tema que pode ser debatido. É uma preocupação de todos. Agora, com essas 12 resoluções do Tribunal Superior Eleitoral, a gente fica preocupado porque quem legisla é o Congresso Nacional. A questão da inteligência artificial é uma situação muito grave. Em relação às eleições, isso nos preocupa muito. Agora, o que não pode é, mais uma vez, ter um excesso nisso para afetar [o uso da] a Inteligência Artificial para o bem. Para o mal, a gente quer conter. Vi até um deputado citando municípios menores que não têm a Justiça Eleitoral atuando diariamente. Tem municípios menores no país, em que o juiz vai lá dar plantão uma vez por semana. Em uma eleição, isso é mortal se existe uma deepfake.
Como o senhor avalia a relação do governo com a bancada evangélica?
A relação do governo com a bancada evangélica e com os evangélicos é antiga. O presidente Lula tem uma posição — usando uma palavra um pouco mais forte — hostil ao povo evangélico. Ele quis fazer um gesto na campanha, mas não consegue. Então, volta e meia ele cai na realidade que é: ele não tem essa relação. A declaração dele sobre a questão de Israel fere o povo evangélico frontalmente. A gente sabe que Israel é o berço do cristianismo. O povo cristão se sente muito ofendido quando o governo de Israel é afrontado, com o presidente apoiando um grupo terrorista. Essa posição do presidente, inclusive, nesse fato lastimável para o Brasil que foi a declaração sobre Israel, comparando o Holocausto com a resposta de Israel ao Hamas, piorou a posição do presidente diante do povo evangélico.
Depois de ser aprovado pelo Senado, o PL das Saidinhas retornou à Câmara. A bancada está se mobilizando para que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), paute a proposta?
A bancada está se mobilizando. Acho que o presidente Lira vai pautar essa proposta dentro desse mês de março. Não vai passar disso, em hipótese alguma. E, talvez, paute na semana que vem. Isso já foi uma conversa da reunião de líderes. Não tem como fugir de apreciar uma pauta dessa. Foi aprovada no Senado por 65 votos a dois. Mas os deputados da esquerda ficam fazendo aquele movimento de bastidor, querendo segurar essa história. No nosso entender, é um absurdo. A gente precisa endurecer as penas contra essa bandidagem, esses marginais. Mais uma vez, a gente vê a sinalização do STF querendo se meter em uma matéria porque já houve sinalização do STF falando de saidinha, já houve comentários sobre a saidinha. Tem de haver respeito sobre os Poderes. Se o Congresso Nacional resolve, o Supremo vai se meter? O Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin diz que o Supremo tem de acompanhar o plano de segurança. O Supremo Tribunal Federal não pode acompanhar o plano de segurança. Está errado isso.
Como o partido lida com as limitações impostas pela Justiça para o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Bolsonaro?
Com naturalidade. Se a Justiça determinou, temos de acatar a determinação judicial. A gente vai se adequando. Estive com Bolsonaro para discutir questões do Rio de Janeiro, e a gente acaba falando de outras cidades no Brasil. Falo com o Valdemar. O partido é muito vivo. Não tem recado, tem pessoas importantes no partido que já estão nessa discussão, que participam dessa discussão com eles. Eu, o Flávio Bolsonaro, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado André do Prado. Vamos tocando.
A falta de comunicação entre os dois pode prejudicar as eleições municipais?
É um prejuízo grande para o partido. Porque são dois líderes que comandam o partido. Eles não se falarem é ruim, mas a gente tem de acatar. E a gente tem tido cuidado absoluto nisto, em estar absolutamente dentro do que foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Como estão se desenhando as disputas no partido pelas eleições no Rio de Janeiro?
Tenho a sensação que o Bolsonaro está crescendo. Isso porque a população, na minha opinião, está enxergando que existe uma injustiça acontecendo no Brasil. Essa é a minha sensação e as pesquisas dizem isso. Por exemplo, em uma grande cidade da região metropolitana no Rio de Janeiro, a diferença do Bolsonaro para o Lula era 1,7% há 45 dias. Fizemos uma pesquisa na semana passada, deu 14,7%. Bolsonaro cresceu 13 pontos. A popularidade do Lula despencou no Rio, na capital. Várias outras cidades a gente está sentindo o crescimento de Bolsonaro. Na minha avaliação, se isso continuar assim, nós poderemos vencer eleições improváveis. A gente tem uma boa expectativa.
Tem algum vice para a chapa do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) na disputa pela Prefeitura do Rio?
Não, ainda não. Estamos discutindo. Pode ser uma aliança partidária.
Qual a avaliação do senhor sobre as operações da PF que miram o ex-presidente e aliados?
Estou muito triste com o que está acontecendo no Brasil. O país precisa de pacificação e de paz. Tudo que aconteceu no passado foi muito grave e envolveu corrupção. É o caso da Petrobras e outros exemplos. Não foi o caso agora com o presidente Bolsonaro. Ele está sendo alvo por outros assuntos que não envolvem corrupção. Fala-se na perseguição em excesso da Justiça e do Ministério Público. Parece que é esse governo que quer uma revanche, que governa com raiva, que governa com perseguição. Isso é muito ruim para o Brasil. Acirra os ânimos. Exerço um papel aqui. Busco o equilíbrio na bancada, inclusive na minha relação com os outros partidos e com o próprio governo. Sempre tento ser coerente. Essas operações afetam o presidente Bolsonaro. Ele é um ser humano. Mas acho que isso tudo tem de ser dentro do devido processo legal. A pessoa tem que ter direito. Precisa ter mais cautela. Como ser humano, Bolsonaro sofre muito com isso. É óbvio que é muito ruim tudo que está acontecendo politicamente, e não eleitoralmente.
As investigações afirmam que, durante o governo Bolsonaro, houve tentativa ou planejamento de golpe de Estado. O senhor acredita?
Na minha convicção, não houve tentativa de golpe, muito menos golpe. Sobre o planejamento, não posso dizer porque são tantas informações… Mas não acredito que houve um planejamento. Acho que pode ter tido algumas pessoas que tinham uma ideia que nunca foi para frente. Então, não houve tentativa e não houve golpe. Não houve crime. No Direito Penal, o cara pode conversar sobre uma situação que é um crime, mas, se ele não tenta aquele crime, não é crime. O governo alimenta essa narrativa. Aliás, são as palavras do presidente Lula. Ele alimenta essa narrativa, e o PT sabe fazer isso muito bem. Todo mundo repete a mesma coisa no Brasil inteiro o tempo todo.
Como lidar com a eventual invasão de prerrogativa entre os Poderes?
Abaixar as armas, ter diálogo, conseguir conversar e separar uma disputa política comum. Tirar essa raiva, esse ódio que quer se alimentar com narrativas mentirosas. Sempre afirmo que cada um defenda o seu lado, a sua ideologia e as suas convicções sem passar dos limites. A população até prefere isso. Abaixar as armas, ter diálogo, ter interlocutores para dialogar. Isso é possível. O bem tem que vencer o mal.
A esquerdalha vai transformar o Bolsonaro Mito em um Bolsonaro Mártir.
Pode sim !! o problema é que o povo mais pobre do nordeste se acostumou com os auxilios e dizem vou trabalhar prá que ? tenho 600 reais garantido todo mês aí compra uma sexta básica e está tudo MARAVILHOSO rss
Revista Oeste, por que nessas entrevistas não se fala mais em VOTO IMPRESSO e TRANSPARÊNCIA nas urnas eletrônicas? Essa é a única forma de apaziguar direita e esquerda que no passado sempre defendeu o VOTO IMPRESSO. Vale dizer o próprio poderoso atual ministro do STF FLAVIO DINO pediu o VOTO IMPRESSO no passado.
Afinal, teria havido contestação do resultado após AUDITORIA com o VOTO IMPRESSO?.
Na minha opinião de ex tucano nada dessa farsa do 8 de janeiro teria acontecido porque todos os eleitores teriam certeza que seu voto foi apurado. Simples assim, mas Barroso interferiu na CCJ da Câmara Federal para trocar lideranças na comissão para DERRUBAR a PEC do VOTO IMPRESSO praticamente aprovada. Isso sim é golpe.
Não haverá tranquilidade e democracia em nosso pais enquanto não aprimorarmos o sistema eleitoral que todos sabemos tem fragilidades, como o próprio Ministério da Defesa relatou ao TSE, que não aceitou suas sugestões que na minha opinião deveriam ser EXIGÊNCIA. A propósito, por que é necessário PEC ou LEI para aprimorar e dar transparência às urnas eletrônicas? Isso não é uma questão de inteligência cibernética dos próprios TIs das FFAA e privadas que criaram essas urnas?
Bolsonaro disse varias vezes que passaria a faixa para o vencedor com eleições TRANSPARENTES e AUDITÁVEIS.
Ele estã 100% certo mas estã dando com os dentes pra fora porque foi preterido para a presidencia da lideranca na Camra. Mias um linguarudo aproveitador.
Com a lingua nos dentes !
O partido do Molusco perdeu o trem.
Está sentado em cima das malas na estação e chorando.
As municipais irão mostrar a força que a direita (Que é direita) tem.
Lembrei de uma citação de Augusto Nunes:
“Deixem a esquerda falar, à vontade” !
HA HA HA HA HA
É o suficiente para afundar qualquer candidatura, a qualquer cargo!
A narrativa da esquerda é um lixo, SEMPRE !
Deputados pisando leve nas declarações…..
Deixaram a esquerda sabotar o poder legislativo através de “doações” da “Ode às Brechas”, deixaram a esquerda levar para o STF, as derrotas sofridas no plenário e agora convivem com um monstro terrível.
Se não dominarem ao regimento das casas, não adianta em nada ser maioria.
O paternalismo é um veneno político que tem prazo de validade para acabar.Vão surfar novamente nessa onda ?
Pai lula tá feio na foto !
Os orixás não podem salva-lo !
Ele aumentou o imposto das roupinhas da roça !
Pai Bolsonaro
Foi pedir justiça ao povo, que foi traído pelos militares !
Disputas paternalistas ?
Enquanto isso, a agenda 2030 avança !
#Diversionismo !
Por que neste país ridículo se finge não ser o claro e óbvio golpe em curso perpetrado pelo bando PeTralha e seus tentáculos? por que fingem não ver que o aparelhamento do Estado iniciado pelo multi criminosos Zé Dirceu que cantou esta imoralidade publicamente e não foi incomodado e está transformando o Brasil num chiqueiro à cubana ou venezuelana? O povo vem sendo escravizado a conta gotas, todos vêm e nada fazem e não tenham a menor dúvida que o bando empoderado tudo faz de forma premeditada para o golpe fatal em 2026 alijando os adversários capazes de reagir a seu insano projeto inevitável e fatal … felizes nós os idosos que podemos fazer eutanásia.
E o PL tá saindo limpo dessa história. Pegaram do Waldemar na casa dele com 35 mil normal a qualquer cidadão, 1 pepita mais leve q um colar de traficante do 3o escalão e uma arma com registro vencido mas registrada. Isso enfraquece os Vitalícios e da força. Avante PL Avante Michelle
voces TEM de chamar para as manifestações mensais com o TEMA Anistia LIBEDADE ao Presos Políticos… bater nessa tecla .. e dentro desses CHAMAMENTOS divulgarem os candidatos para prefeituras…. FAÇAM ISSO! JÁ!
Quem vai dar o GOLPE são os PTRALHAS no inicio de 2025….O Corrupto Luladrão vai chamar GLO..
Temos que estar preoarados!
A editoria poderia apresentar melhor o deputado, informando sobre sua trajetória pessoal e política.
Vejo o crescimento do BOLSONARO como vertiginoso! Percebo isso na minha família e no meu entorno onde NUNCA se falou tanto dele e da perseguição canalha que estão fazendo. Sem notarem isso, eles estão deixando-o ainda MAIOR, MUITO MAIOR. BOLSONARO não precisa concorrer,, basta falar em que as pessoas devem votar e tudo acontecera. Esperem….