Na noite da última quinta-feira, 25, a Americanas adiou para 19 de fevereiro a divulgação de seus balanços financeiros referentes ao primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2023.
A empresa aprovou seu plano de recuperação judicial no ano passado. Ela não deu detalhes sobre as razões para adiar a divulgação dos resultados financeiros. A divulgação estava prevista para 31 de janeiro.
A Americanas adiou por quatro vezes a publicação de seu balanço de 2022 em 2023. Também adiou a revisão dos dados contábeis de 2021. As publicações programadas para o fim de março ocorreram somente em novembro.
Americanos teve inconsistências contábeis de R$ 25,2 bilhões
A companhia reportou prejuízo de R$ 6,2 bilhões em 2021, ao revisar o resultado anunciado antes, que indicava lucro líquido de R$ 544 milhões. No ano seguinte, a varejista seguiu no vermelho, com prejuízo de R$ 12,9 bilhões. Depois da revisão dos resultados, a Americanas registrou aumento de 104% nas perdas entre 2021 e 2022.
A Americanas entrou em recuperação judicial depois de anunciar inconsistências contábeis de R$ 25,2 bilhões no início de 2023. Segundo a varejista, o desempenho vem do fraco resultado operacional, e de uma alta despesa financeira e lançamentos extraordinários.
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Em 2022, a receita líquida consolidada da Americanas foi de R$ 25,8 bilhões. O CEO da companhia, Leonardo Coelho Pereira, disse que os resultados ficaram abaixo do desejável, mas “compatíveis com a realidade”, segundo o portal Metrópoles.
As inconsistências contábeis nos balanços corporativos da empresa foram informadas ao mercado em 11 de janeiro de 2023. Antes, o rombo era estimado em cerca de R$ 20 bilhões.
Foi quando a Americanas começou a desmoronar. Hoje, o episódio é considerado o maior escândalo corporativo da história do Brasil. Mais de um ano depois, a companhia está longe de se recuperar totalmente.